O partido governante da Venezuela, o PSUV, conclamou nesta segunda-feira seus partidários a "tomar" Caracas no dia 23 de janeiro, no mesmo dia em que deputados opositores convocaram um ato contra a continuidade do governo, enquanto o presidente Hugo Chávez segue hospitalizado em Cuba.
"No dia 23 de janeiro as forças da Revolução vão sair às ruas pelos quatro pontos cardeais da cidade", anunciou o chefe de campanha do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), Jorge Rodríguez.
Rodríguez afirmou que a marcha, que terminará com "uma grande manifestação" em Caracas, tem como objetivo representar "a expressão das forças da verdadeira democracia que o povo da Venezuela defende".
Na quinta-feira passada, os deputados opositores convocaram um ato para o mesmo dia, -data que marca o fim da ditadura de Marcos Pérez Jiménez em 1958-, em "defesa da Constituição".
"Queremos nos dirigir especialmente ao povo da Venezuela, e convocar o país inteiro para neste 23 de janeiro darmos uma demonstração maciça de força nas ruas da Venezuela", anunciou a deputada Míriam Montilla ao ler um comunicado do grupo parlamentar da Mesa da Unidade Democrática (MUD), a heterogênea coalizão contrária ao governo.
Os deputados rejeitaram o aval concedido pelo Tribunal Supremo de Justiça para que o governo fosse mantido depois de 10 de janeiro, quando Chávez, por motivos de saúde, não compareceu para tomar posse.