O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta quarta-feira aos republicanos para que não tentem obter concessões sobre o gasto público durante as negociações sobre o aumento do teto da dívida - uma questão que pode levar o país a uma crise fiscal em 2013.
"É um jogo que não aceitarei", disse o presidente ante empresários em Washington, ao referir-se ao "abismo fiscal", como são conhecidos os aumentos de impostos e cortes dos gastos que acontecerão em janeiro se não houver um acordo entre os dois partidos com representação no Congresso.
De acordo com a edição do The New York Times de terça-feira, a oposição discute a ideia de ceder nesse ponto, mas em troca buscaria que Obama aprovasse um maior corte de gastos.
Uma situação similar deixou os EUA à beira do default em 2011 e custou a redução de sua nota da dívida soberana pela agência de classificação Standard & Poor's.
"É uma estratégia ruim para os EUA e para suas empresas", afirmou Obama.
O limite de endividamento norte-americano é atualmente de 16,4 trilhões de dólares. O Tesouro disse no final de outubro que esse teto seria alcançado em dezembro.
A falta de acordo entre Democratas e Republicanos levaria a um ajuste automático de cortes, o chamado "abismo fiscal", que pode levar o país à recessão.