Milhares de hondurenhos marcharam, nesta sexta-feira, em cinco cidades de Honduras para exigir o fim dos assassinatos de jornalistas em meio a uma onda de violência que atribui ao país centro-americano o recorde mundial de homicídios.
Sob o lema "Jornada pela vida e em defesa da liberdade de expressão", a passeata foi convocada pelo Colégio de Jornalistas de Honduras (CPH) que, devido ao protesto, mudou as tradicionais festas e premiações comemorativas do 25 de maio, Dia do Jornalista no país.
Em outras regiões, os jornalistas fizeram marchas simultâneas, como nas cidades de San Pedro Sula, La Ceiba (norte), Comayagua (centro) e Choluteca (sul).
Participaram das passeatas universitários, colegiais, ativistas de direitos humanos e pacifistas, e só em Tegucigalpa os manifestantes podem ter chegado a 5.000 pessoas, segundo cálculos do CPH.
"Chega de impunidade", dizia um cartaz, pois nenhum dos assassinados dos jornalistas foi esclarecido pelas autoridades, que atribuem a maioria a causas alheias ao exercício profissional, sem que tenha transcendido algum desenvolvimento nas investigações.
Segundo o Conadeh, 20 jornalistas foram assassinados por homens não identificados desde o começo de 2010 e todos os seus responsáveis permanecem impunes.