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Estado de Minas

François Hollande se encontra com Merkel em Berlim


postado em 15/05/2012 15:12 / atualizado em 15/05/2012 16:17

Novo presidente francês se encontrou nesta terça com Angela Merkel em Berlim(foto: BERTRAND LANGLOIS / AFP)
Novo presidente francês se encontrou nesta terça com Angela Merkel em Berlim (foto: BERTRAND LANGLOIS / AFP)

Angela Merkel recebeu, na noite desta terça-feira em Berlim, o novo presidente francês, François Hollande, que chegou ao gabinete da chefe de governo da Alemanha com quase uma hora de atraso, após um voo interrompido por uma tempestade.

Hollande tinha um jantar de negócios marcado com a chanceler alemã para discutir sobre o pacto orçamentário europeu e a crise grega. Eles devem discutir nesta terça-feira em Berlim as propostas das duas maiores potências da Eurozona para reativar a economia e responder ao caos político que ameaça a permanência da Grécia no bloco.

O socialista Hollande, que quer renegociar o pacto fiscal europeu para incluir políticas de crescimento, voltou a afirmar sua vontade de "abrir uma nova via na Europa".

"Temos que pesar os problemas que devemos enfrentar: uma dívida massiva, um crescimento débil, um desemprego elevado, uma competitividade fragilizada e uma Europa que sofre para sair da crise", disse Hollande, que levará essas questões no final da tarde à Merkel, grande impulsionadora dos programas de ajuste.

Segundo analistas, os dois dirigentes deverão buscar um compromisso e o contexto exige entendimentos, uma vez que os ajustes não têm provocado as melhoras esperadas.

A própria Merkel, cujo partido CDU sofreu no domingo uma dura derrota nas eleições regionais, admitiu ser a favor do crescimento, com a condição de evitar novas espirais de endividamento.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, deu "as boas vindas a este novo debate (sobre o crescimento) na Europa".

Segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira, na Eurozona, formada por 17 dos 27 países da União Europeia (UE), teve no primeiro trimestre de 2012 um crescimento nulo e evitou a recessão principalmente graças à resistência da economia alemã, que cresceu 0,5% com relação ao trimestre anterior e 1,7% em comparação com o mesmo período de 2011.

O PIB da Espanha teve uma queda trimestral de 0,3% e a França registrou um crescimento nulo.

No fundo da lista está a Grécia, em recessão há cinco anos, que teve uma queda de 6,2% de seu PIB interanual e está imersa em uma grave crise após as eleições legislativas de 6 de maio, que deixaram em minoria os partidos tradicionais, partidários dos ajustes impostos pela UE e pelo FMI em troca dos planos de resgate.

As últimas discussões para formar um governo de tecnocratas fracassaram e o país se encaminha para novas eleições, provavelmente em meados de junho.

"Desgraçadamente, vamos de novo para as eleições e sob condições muito ruins", disse o líder do socialista Pasok, Evangelos Venizelos, ao término de uma reunião dos principais responsáveis políticos com o presidente da Grécia, Carolos Papulias.

O euro baixava com força após o anúncio do fracasso das negociações gregas, recuando para baixo dos 1,28 dólar pela primeira vez em quatro meses.

As bolsas europeias, que abriram em alta, passaram a recuar pela tarde.

A Grécia conseguiu, apesar de tudo, captar nesta terça-feira 1,3 bilhão de euros em emissões de bônus a três meses, apesar de ter que pagar juros em alta, que chegaram a 4,34%, frente a 4,20% na última emissão similar de 17 de abril.

A Eurozona também tem sofrido com a fragilidade de seu setor bancário. Na segunda-feira, a agência classificadora Moody's cortou a nota de 26 bancos italianos e dos quatro principais bancos espanhóis (Santander, BBVA, CaixaBank e Bankia, que se dirige para uma nacionalização parcial), anunciaram provisões extraordinárias por um total de 11,3 bilhões de euros.

O governo espanhol se comprometeu a acelerar uma avaliação independente do banco em menos de dois meses, para o que pediu a colaboração do Banco Central Europeu (BCE).

Merkel e Hollande também terão que acertar sua diferenças quanto ao papel do Banco Central Europeu (BCE) nas políticas de estímulo e sobre os prazos de retiro das tropas da Otan do Afeganistão.


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