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Estado de Minas

Chefe do Exército uruguaio rejeita pacto de silêncio por crimes na ditadura


postado em 05/12/2011 13:54

O comandante-em-chefe do Exército uruguaio, Pedro Aguerre, rejeitou nesta segunda-feira um suposto "pacto de silêncio" em torno dos crimes da última ditadura (1973-1985) e pediu apoio para "delimitar a responsabilidade material" da instituição nos assassinatos cometidos nesse período.

"O Exército Nacional não aceitará, tolerará, nem acobertará homicidas ou delinquentes em suas fileiras", disse Aguerre em um comunicado lido diante da imprensa depois que na semana passada a análise de restos encontrados em um prédio militar determinou que pertenciam a um professor detido desaparecido em 1977, que morreu vítima de um tiro na cabeça depois de ter sido torturado. "Aquele que está falando com vocês comete erros diariamente, como qualquer ser humano, mas hoje estamos falando de crimes, e essa é uma linha que este Comandante e seu Exército não cruzarão", acrescentou Aguerre, que assumiu ter se apresentado no dia 31 de outubro junto com os 10 generais existentes do país e dois coronéis que chegarão a generais no próximo ano. "O Exército Nacional atua de acordo com as Convenções de Genebra e Haia, com os Protocolos adicionais e demais acordos relacionados", ressaltou, referindo-se aos tratados internacionais que consagram os princípios humanitários fundamentais nas guerras. "Não tenho conhecimento de um pacto de silêncio para acobertar crimes dentro da Força que comando, e mesmo desconhecendo, se existiu ou ainda existe até hoje tal pacto, neste momento dou a ordem de sua suspensão imediata", indicou Aguerre. "Peço apoio, dentro e fora da Força, para em conjunto obtermos informações para delimitar a responsabilidade material, ou não, do Exército, neste caso e em qualquer outro que possa ocorrer no futuro", enfatizou. "Não sou um cético, nem um cínico moral e ético (...) Por minha responsabilidade de Comando, no dia de hoje e de forma extraordinária solicito mais uma vez a colaboração de todos para restabelecer uma reconciliação, de acordo com o interesse comum", frisou o comandante, que afirmou querer manifestar um "ponto de inflexão" com o objetivo de eliminar as dúvidas sobre "o agir e o pensar deste novo Comando".


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