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Estado de Minas

Central sindical chilena prepara greve geral

Greve deve ser realizada no dia 19 de outubro


postado em 07/10/2011 17:45

Líderes sindicalistas e estudantis do Chile pediram nesta sexta-feira que a economia do país seja paralisada por pelo menos um dia, em resposta à repressão policial que resultou nesta semana em mais de 250 prisões e em 30 feridos. Arturo Martínez, que comanda a central sindical CUT, marcou a greve nacional para 19 de outubro. Ao seu lado estava a líder estudantil Camila Vallejo, que acusou o governo de enviar a tropa de choque contra manifestantes pacíficos na quinta-feira desta semana.

O governo alertou que responderá com firmeza a qualquer manifestação de violência que parta das massas. "Nossa mão não irá tremer e não mostraremos fraqueza em buscar o controle das situações da ordem pública", disse Andrés Chadwick, porta-voz do governo. "Eles não nos enfraquecerão atacando a polícia ou vitimando policiais", ele acrescentou. O governo não deu permissão para a passeata da quinta-feira, que foi convocada pelos estudantes após as negociações para melhorias na educação terem entrado em impasse com o governo na noite de quarta-feira. A polícia chilena foi para as ruas em massa antes do começo da marcha, usando bombas de gás lacrimogêneo, canhões de água e cavalos para controlar 10 mil estudantes. Policiais caçaram estudantes nos campi universitários e atiraram gás lacrimogêneo contra escritórios estudantis, disse Camila Vallejo. Na noite de quinta-feira, 168 estudantes haviam sido detidos em Santiago e outros 100 ao redor do Chile. A polícia disse que 25 policiais e 5 civis foram feridos. Chadwick defendeu as detenções, que incluíram 5 jornalistas que estavam trabalhando na cobertura dos protestos. A detenção dos jornalistas levou a uma violenta resposta verbal do Sindicato dos Jornalistas do Chile. O prolongado e cansativo conflito educacional no Chile parece ter chegado a novo impasse. O ministro da Educação, Felipe Bulnes, e o presidente Sebastián Piñera, rejeitaram demandas básicas dos estudantes para mudar o sistema educacional local, que está em grande parte privatizado, o que coloca uma enorme carga financeira sobre as famílias. Os ativistas e líderes estudantis querem que um sistema público de educação de graça e qualidade para todos seja montado pelo governo e financiado com impostos sobre os ricos e os empresários. Piñera disse que o governo não apresentará nada além do documento com 21 propostas enviado ao Congresso, que reforma o sistema atual, baseado no ensino privado, mas ignora vários dos pedidos do movimento estudantil. Vallejo disse que os estudantes agora irão se preparar para que o governo "pague caro" nas próximas eleições.


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