Os promotores reproduziram uma gravação de áudio na qual Michael Jackson é ouvido discutindo seus planos para a construção de um hospital para crianças, numa conversa desconexa e arrastada, com o médico responsável por cuidar de sua saúde cerca de seis semanas antes de morrer.
A gravação termina de forma sombria com o doutor Conrad Murray perguntando para Jackson se ele estava bem e o cantor respondendo, "eu estou com sono", com a voz cada vez mais baixa.
"Isso será lembrado mais do que minhas performances", diz Jackson. "Minha performance estará lá ajudando minhas crianças e sempre será meu sonho. Eu as amo. Eu as amo porque não tive infância...eu sinto a sua dor. Eu posso lidar com ela."
Mais cedo, Marx disse que encontrou evidências de que Murray estava verificando seus e-mails em seu telefone horas antes da morte do cantor. Marx, investigador da agência antidrogas norte-americana, a DEA, também disse que descobriu que os e-mails e anexos enviados a Murray continham registros médicos arquivado sob o pseudônimo "Omar Arnold", que na verdade era Michael Jackson.
Os promotores tentam mostrar que Murray estava distraído e realizando várias tarefas quando deveria estar monitorando o cantor, no dis 25 de junho de 2009.
Marx também disse que recuperou uma mensagem de voz do antigo gerente de Jackson, Frank Dileo, deixada cinco dias antes da morte do cantor. Dileo disse que Jackson teve um "episódio" na noite anterior, mas não deu detalhes. "Eu acho que ele precisa fazer um exame de sangue", disse Dileo. "Você tem de ver o que ele está fazendo."
Murray declara-se inocente da acusação de assassinato doloso. Ele pode ser condenado a até quatro anos atrás das grades e perder sua licença média caso seja condenado.
As autoridades afirmam que ele deu a Jackson uma dose do anestésico propofol e outros sedativos que levaram à morte do cantor. O advogado de Murray afirma que Jackson foi o responsável pela injeção do coquetel de medicamentos.