Os ministros árabes das Relações Exteriores pressionaram nesta terça-feira as autoridades sírias a colocarem fim "imediatamente ao derramamento de sangue", em referência à repressão do protesto contra o regime do presidente Bashar al-Assad, que, segundo a ONU, já deixou mais de 2.600 mortos.
O xeque Hamad, que presidiu a sessão ministerial do Conselho da Liga Árabe, convocou as autoridades sírias a deter "a máquina de matar" e pediu que o Exército seja retirado das cidades. "O Exército deve se retirar das cidades para que seja iniciado um diálogo entre o povo e o governo. Não podemos aceitar esta máquina de matar", disse o ministro ao fim da sessão ordinária do Conselho da Liga.
"O governo sírio deve tomar medidas urgentes para aplicar o acordo ao qual se chegou durante a visita a Damasco do secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi", explicou o xeque Hamad, também primeiro-ministro do Qatar. Segundo a ONU, a violência na Síria deixou ao menos 2.600 mortos, em sua maioria civis. Já o regime alega que luta contra "grupos terroristas armados" e não reconhece a magnitude do protesto.