A polícia chinesa libertou o renomado artista plástico Ai Weiwei sob fiança, após ele admitir que sonegou impostos e pelo fato de sofrer de uma doença crônica, afirmou hoje a imprensa estatal. A libertação do dissidente, detido em abril durante a maior onda de repressão do governo contra ativistas em anos, foi inesperada já que autoridades haviam sugerido que ele estava envolvido em grandes fraudes tributárias.
O celular de Ai estava desligado. Sua mulher e o advogado dele não foram localizados. O artista havia provocado a fúria das autoridades com seu envolvimento em várias atividades delicadas de ativismo e por suas críticas ao Partido Comunista que comanda o país. Ai investigou o colapso de várias escolas no terremoto de 2008 na província de Sichuan, no sudoeste chinês. Ele lançou uma "investigação do cidadão" de um incêndio em Xangai que matou 58 pessoas em novembro passado.
Os Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha, França e Alemanha pediram, junto com a Anistia Internacional e outros grupos pelos direitos humanos, a libertação de Ai, nascido em 1957 e cujo trabalho foi exibido na galeria londrina Tate Modern este ano. As informações são da Dow Jones.