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Estado de Minas

Cooperação multilateral na América Latina é mais ambição do que realidade, diz instituto


postado em 08/03/2011 16:41

(foto: Reprodução / joystiq.com)
(foto: Reprodução / joystiq.com)
A América Latina avançou na cooperação multilateral no âmbito da segurança em 2010, incentivada por um contexto econômico mundial difícil, mas continua existindo "um abismo importante entre ambição e realidade", afirmou nesta terça-feira o Instituto de Estudos Estratégicos (IISS), em seu balanço estratégico anual. "As restrições econômicas foram importantes para fomentar melhores relações entre os Estados ao incentivar tanto as limitações no gasto militar como compromissos pragmáticos na busca de comércio e outros benefícios econômicos", afirma o documento. No entanto, acrescenta, apesar desta reativação o "interesse na gestão multilateral da segurança regional, continua havendo uma brecha importante entre ambição e realidade" no subcontinente. Apesar da melhoria das relações entre a Colômbia, Equador e Venezuela, que o IISS considera que "teve pouco a ver com a mediação multilateral", a região ainda possui disputas pendentes entre governos em nível regional, incluindo a fronteira entre Costa Rica e Nicarágua e, inclusive internacional, como a reivindicação diplomática argentina sobre a soberania das ilhas Malvinas (Falkland) em poder da Grã-Bretanha. Do lado positivo, o relatório destaca o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), a instância de consulta, cooperação e coordenação em termos de defesa dos 12 países membros da União das Nações Sul-americanas (Unasul), e seus acordos para aumentar a transparência no relativo aos gastos, as estratégias e as operações militares. Esta crescente integração sub-regional ficou ilustrada nos esforços conjuntos de assistência humanitária depois dos terremotos do Chile e do Haiti, e na recuperação da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). O informe assinala, por outra parte, que, apesar de a América Latina no geral, com exceção da Venezuela, sair mais airosa da crise mundial que os outros continentes, a situação econômica global se refletiu nos orçamentos da defesa. A região gastou 58,736 bilhões na defesa em 2009, o ano em que o documento se baseia, o que representa em média 1,38% de seu PIB, contra 57,736 bilhões um ano antes (1,35% do PIB). O Brasil é responsável por quase metade deste gasto - 25,984 bilhões - dentro de sua Estratégia Nacional de Defesa, que inclui um importante plano de investimentos para modernizar suas forças armadas. A seguir vem a Colômbia (9,603 bilhões), Chile (5,044 bilhões), México (4,769 bilhões) e Venezuela (3,316 bilhões). No caso da Venezuela, o único país sul-americano em recessão em 2010, "a situação econômica calamitosa foi um obstáculo em sua busca de melhores capacidades militares", estimou o IISS.


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