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Estado de Minas

EUA mencionam centenas de mortos na Líbia, de onde tunisianos fogem de 'massacre'


postado em 20/02/2011 18:05

O Departamento de Estado americano anunciou neste domingo ter informações confiáveis de que haveria "centenas" de mortos e feridos na Líbia e pediu às autoridades de Trípoli que autorizem manifestações pacíficas, seguindo recomendação feita mais cedo pela União Europeia. Na Tunísia, um representante sindical informou à AFP que centenas de tunisianos fugiram da Líbia para seu país natal escapando de "um verdadeiro massacre". "Os Estados Unidos estão muito preocupados com os informes alarmantes e imagens procedentes da Líbia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em um comunicado. "Estamos investigando para confirmar os dados, mas recebemos muitos informes confiáveis que dão conta de que centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nestes dias de distúrbios, e que ainda não se conhece o número de mortos devido à falta de acesso da imprensa internacional e de organizações humanitárias", acrescentou. "Os Estados Unidos estão muito preocupados com os informes alarmantes e as imagens provenientes da Líbia", afirmou.

Segundo informações de um representante sindical de Túnis à AFP, centenas de tunisianos fugiram no domingo da Líbia rumo ao seu país natal pelo posto fronteiriço de Ras Jdir para escapar de "um verdadeiro massacre". Estes tunisianos, que não foram identificados, relataram ter fugido "para garantir sua própria segurança" e mencionaram um "verdadeiro massacre (ocorrendo) atualmente na Líbia", declarou à AFP Husin Betayeb, membro da União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT). "Centenas de tunisianos deixaram a Líbia este domingo pelo posto fronteiriço de Ras Jdir. Havia muita gente e um grande engarrafamento nesta região", afirmou. "Pusemos à disposição destes tunisianos cinco ônibus porque há gente que deixou a Líbia precipitadamente e não tinha dinheiro para pagar seu transporte", acrescentou. "São pessoas que trabalham lá e deixaram a Líbia por medo de que algo aconteça", explicou o sindicalista. Pelo menos 173 pessoas morreram na Líbia desde terça-feira na repressão das manifestações contra o regime, segundo balanço da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) divulgado no domingo, dia em que o protesto se aproximava da capital, Trípoli. "Há 173 mortos. É um balanço prudente baseado em fontes hospitalares no leste da Líbia, em Benghazi e outros três lugares", disse à AFP Tom Porteous, porta-voz da HRW, com sede em Nova York. "É um balanço incompleto e também há um grande número de feridos. Segundo fontes médicas na Líbia, os ferimentos indicam que estão sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", acrescentou Porteous. O Departamento de Estado informou que os Estados Unidos "expressaram seu forte repúdio ao uso da violência letal contra manifestantes pacíficos a dirigentes líbios, entre eles o chanceler Musa Kusa". Mais cedo, a União Europeia também condenou a repressão aos protestos na Líbia, mas Trípoli ameaçou responder às pressões deixando de cooperar contra a imigração ilegal, um tema crucial para os europeus que começaram a revisar sua política de ajuda ao mundo árabe. "É muito importante que se ponha fim à violência" e se retome o "diálogo" na Líbia, instou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. Ashton se reuniu no domingo, em Bruxelas, com os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) para analisar a onda de revoltas populares contra os regimes autoritários no mundo árabe, que até agora provocaram a queda do egícpio Hosni Mubarak e do tunisiano Zine el Abidine Ben Alí. "É nossa obrigação denunciar que se faça uso da violência" contra "manifestantes que de forma pacífica pedem mais liberdades e direitos", disse a ministra espanhola de Assuntos Exteriores, Trinidad Jiménez.


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