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Estado de Minas SERVIÇO PÚBLICO

Delegado Rafael Gomes e investigadores presos continuam recebendo salários

De acordo com o portal da transparência, presos embolsaram mais de R$500 mil em salários desde o fim de 2022. Polícia Civil diz que medida está amparada por lei


19/09/2023 14:44 - atualizado 19/09/2023 15:20
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Delegado Rafael Gomes, mesmo afastado de suas funções, segue recebendo salário
Delegado Rafael Gomes, mesmo afastado de suas funções, segue recebendo salário (foto: Polícia Civil/Divulgação)

No final de outubro de 2022, o Ministério Público de Minas Gerais deflagrou a Operação Transformers, que investigava um possível conluio de policiais civis com traficantes de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. 
 
Na ocasião, o delegado Rafael Gomes e seis investigadores foram presos. Meses depois, foram soltos, mas na última semana, voltaram à prisão por conta de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apenas o delegado Rafael não está na prisão, pois a defesa apresentou um laudo psiquiátrico. Ele está internado, sob escolta policial, em uma clínica em Juiz de Fora. 
 
A reportagem do Estado de Minas conseguiu o nome de cinco dos seis investigadores presos na operação. A partir de levantamento junto ao Portal da Transparência, é possível constatar que todos eles continuam recebendo os salários no período em que estiveram presos e afastados da função. 
 
Ao todo, o salário dos investigadores, de dezembro até julho, último mês disponível no Portal, soma R$ 579.316,35. Mesmo no período em que estiveram em liberdade, eles não voltaram ao serviço, justamente por causa das investigações da Operação Transformers. 
 

Veja o total de salário de cada um no período entre dezembro de 2022 e julho de 2023

 
Rafael Gomes: R$ 156.171,60
Rogério Marinho Júnior: R$ 112.377,09
Leonardo Gomes Leal: R$ 90.246,24
Gustavo de Souza Soares: R$ 73.507,14
Raphael Pereira Neto Luz: R$ 73.507,14
Thiago Nazário Machado: R$ 73.507,14
 

Polícia Civil informa que medida é legal 

A reportagem questionou a Polícia Civil a respeito do pagamento de salário dos servidores que não estão cumprindo a função pública. Em nota, a PC informou que a medida está amparada na Lei Estadual 129/2013. 
 
Segundo a PC, o “policial civil será afastado do exercício das funções, até decisão final transitada em julgado”. Enquanto isso, o salário é pago integralmente. “Quando for preso provisoriamente pela prática de infração penal, [não há] prejuízo de sua remuneração”, informou. 


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