!['Tropeiros do Queijo' se concentraram em frente à Igreja de Santa Rita, no Serro(foto: Divulgação) Tropeiros em frente à igreja](https://i.em.com.br/PWD6XsxBkTYqDY-0SHY3G5hYUrQ=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/09/07/1558524/tropeiros-em-frente-a-igreja_1_117579.jpg)
O evento, que é realizado na cidade histórica desde 2016, já ganhou até uma marca, “Tropeiros do Queijo”, idealizada e criada por Túlio Madureira, produtor da famosa iguaria artesanal da região, mantendo a atividade de outras gerações de sua família.
“O objetivo da “tropeada” é resgatar a tradição das tropas que transportavam nossos produtos, principalmente o queijo artesanal do Serro, valorização dos muares e sua montaria”, afirma Madureira. Ele lembra que a iniciativa também visa homenagear os tropeiros, “homens que tiveram grande importância na história do Brasil”.
O produtor salienta que a região do Serro carrega laços fortes com os tropeiros desde os tempos da colonização do Brasil. “Foi em lombo de burros e mulas que os bandeirantes trilharam esta região pela primeira vez, sob as árvores da Mata Atlântica nas Vertentes da Serra do Espinhaço e na nascente do Rio Jequitinhonha”, descreve.
A edição da “tropeada” de 2023 foi realizada domingo (3/9), no encerramento da 37ª Festa do Queijo Artesanal do Serro, contando com o apoio da prefeitura da cidade e com a organizaçao de Túlio Madureira, Marcus Felipe Mota e Bruno Carvalhais.
O evento contou com a participação de 125 “tropeiros do queijo”. Eles saíram de um centro de treinamento de equinos e muares, a um quilômetro da área urbana, e percorreram as ruas do Serro até a Capela de Santa Rita, cartão postal da cidade histórica.
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Os participantes, montados, se posicionaram em frente à igreja, no final de sua escadaria. Ali, eles receberam as “bênçãos de Santa Rita”, considerada a “guardiã e protetora das tropas”.
A organização do evento realizou a entrega do “certificado de tropeiro”. “O certificado foi criado para homenagear pessoas que tornaram lendas da nossa cultura tropeira e que, através dos relatos populares colhidos, viveram os tempos das tropas em outrora e dedicaram sua vida em fidelidade às raízes, produzindo e usando as tropas em sua sobrevivência”, explica Túlio Madureira.