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Estado de Minas DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

Em Minas, 373 cidades estão em alerta para transmissão de doenças do Aedes

Dados enviados por 817 cidades apontam que 7,8% ainda estão em situação de risco e 45,7% em situação de alerta para a transmissão de dengue, chikungunya e zika


20/07/2023 21:35 - atualizado 20/07/2023 21:51
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Aedes Aegypt
O mosquito Aedes aegypt é vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika; com o aquecimento essas doenças estão ficando mais frequentes ao longo do ano (foto: SHINJI KASAI / AFP)
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou nesta quinta-feira (20/7) dados coletados entre 15 de maio e 2 de junho, que revelam que 373 municípios mineiros estão em situação de alerta para a transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika, o que representa 45,7% do Estado. Já os que estão em situação de alerta são 64, equivalente a 7,8% das 817 cidades que integraram o levantamento.

Os dados, segundo a especialista em políticas e gestão da saúde da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses, Adriana Coelho Soares, os gestores de saúde municipais devem discutir com "agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, os resultados do levantamento e compreender cada um dos índices para propor as ações mais adequadas".

Posicionamento que vai ao encontro do virologista professor da UFMG e presidente da Associação Brasileira de Virolagia, Flávio Fonseca, que acrescentou que os governos devem divulgar medidas de combate em TVs, rádios e jornais. Ele também apontou que "estamos vivendo uma epidemia de dengue novamente. Os casos de dengue grave e óbitos foram maiores este ano do que nos últimos".

Adriana afirma que os reservatórios que armazenam água devem ficar bem vedados para evitar que o mosquito se reproduza.

Os dados atuais são melhores do que os do início do ano. Em janeiro, um estudo com 823 municípios, 319 estavam em situação de risco e 339 em alerta para transmissão de enfermidades ligadas ao Aedes aegypti.

A expectativa, de acordo com Flávio da Fonseca, é que, com o retorno do calor e das chuvas entre setembro e outubro, haja um aumento da população do mosquito.

O virologista explica que essa "melhora" em alguns períodos do ano é esperada, pois no clima frio e seco, como no inverno, os mosquitos ficam menos ativos. No entanto, alerta que impactos no meio ambiente podem aumentar a presença do vetor ao longo do tempo.
"Na verdade, a gente convive até com uma situação atípica se comparada há 10, 15 anos. Tinha quase que um desaparecimento dos casos de dengue no período do inverno. Mas, como os invernos ficaram mais aquecidos e as condições urbanas também se adensaram, isso tem criado situações mais propícias para a multiplicação do mosquito", afirmou.

Aquecimento Global


O aquecimento global pode contribuir não apenas para o aumento, mas também para ocorrências em locais que antes não eram atingidos.

"Alguns estudos mencionam que países que nunca tiveram problema com dengue, como os Estados Unidos, por exemplo, hoje têm transmissão local nos estados mais ao sul e isso se deve ao aquecimento global".

Solução Vacinal


A vacinação pode ser a solução para conter o avanço das doenças, como a dengue, apontou Flávio, mas ainda não existe uma "solução vacinal impactante". 

"A gente conseguiu controlar a doenças como a febre amarela graças a uma boa vacina", observou.

Enfermidades em Minas 


Até esta quinta-feira (20/7), foram notificados 394.735 casos de dengue, dos quais 250.604 foram confirmados, sendo 159 óbitos.  

Quanto à chikungunya, foram notificados 81.796 casos, com confirmação de 58.348 casos e 32 óbitos.  

Já em relação à zika, houve 169 notificações e 28 casos confirmados e não houve óbitos. 


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