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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Capela ressurge das cinzas

Alvo de incêndio em 2019, templo do século 19 reabre as portas no domingo, no distrito de Sopa, em Diamantina, após reconstrução feita com doações


18/05/2023 04:00 - atualizado 18/05/2023 05:27
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Patrimônio que ressurge das cinzas e volta restaurado para reunir a comunidade, fortalecer a fé e receber visitantes. No próximo domingo (21/05), celebrando um novo tempo em sua história, a Capela Santa Rita de Cássia, no distrito de Sopa, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha (MG), estará de portas abertas para uma missa, às 10h, presidida pelo arcebispo dom Darci José Nicioli. A festa ocorrerá na véspera do dia de Santa Rita, padroeira da localidade distante 25 quilômetros da sede municipal.
 
O ato litúrgico, com uma nova imagem da padroeira do distrito levada ao altar, tem um motivo mais do que especial: comemorar o retorno do templo, construído no século 19, ao cenário sociocultural e religioso de Diamantina. Em 4 de outubro de 2019, a capela foi alvo de um incêndio de grandes proporções, num cenário que comoveu a população local e mostrou a fragilidade do patrimônio cultural edificado em Minas. O fogo destruiu a maior parte do acervo artístico, histórico, religioso e cultural da comunidade de quase 500 habitantes.
 
A nova imagem de Santa Rita de Cássia foi doada pelo casal residente em Sopa Antônio Carlos Alves Pereira (Café) e Terezinha de Jesus Alves Pereira. De acordo com informações da Arquidiocese de Diamantina, “trata-se de uma cópia fiel da imagem anterior, agora esculpida em madeira pelo artista Fernando Pedersini, de São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes, em Minas.

DOAÇÕES

Documento divulgado pela Arquidiocese de Diamantina, responsável pela restauração da Capela Santa Rita, mostra a longa jornada para salvar o templo – no total, foram gastos R$ 712,7 mil, com repasse da prefeitura do município no valor de R$ 175 mil. “Foram anos de intensos trabalhos da comunidade para reconstruir a igreja, que contou com diversas contribuições, doações e parcerias para se reerguer das chamas.”
 
E mais: “Os moradores procuraram reconstruir, tijolo por tijolo, do que foi destruído, incentivados pelo arcebispo, que numa de suas homilias reiterou o compromisso de todos em prol da restauração: “…se nós mantivermos a unidade que esta assembleia expressa, então nós vamos reconstruir, sim, a igreja de tijolos, que ela não é nada mais do que reflexo da Igreja viva que somos nós”.
A programação festiva tem início na sexta-feira (19/05) e vai até segunda-feira (22/05). Entre as atividades, novena, procissão, mastro, show pirotécnico, missas, roda de viola e outras.

HISTÓRIA

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De gandes proporções, o incêndio de 2019 destruiu boa parte do templo, referência da comunidade de Sopa. Restaurada, a Capela Santa Rita de Cássia será reaberta com missa celebrada pelo arcebispo de Diamantina (foto: Redes sociais/Reprodução - 4/10/19)
O dia 4 de outubro de 2019 ficou marcado na memória de muitos mineiros, mostrando duas faces do patrimônio sacro em Minas Gerais: na data dedicada a São Francisco de Assis, a Capela Santa Rita de Cássia, em Sopa, em Diamantina, sofria um incêndio, enquanto o atual Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, reabria as portas após um ano de obras de restauração. Na época, Diamantina comemorava 20 anos de reconhecimento como Patrimônio Mundial.
 
Tombada pelo município de Diamantina e restaurada em 2015, a Capela Santa Rita demandou um mutirão de esforços, sendo formada uma comissão para apoiar a Mitra Arquidiocesana de Diamantina na restauração do bem. Na época, o Estado de Minas publicou que a igreja centenária, tombada pelo patrimônio do município e que havia sido restaurada em 2015, foi consumida rapidamente pelas chamas, sobrando apenas as paredes. Não houve vítimas e o templo se encontrava fechado na hora (15h30) do incêndio.
 
A Polícia Civil investigou as causas e circunstâncias do incêndio, “e a perícia concluiu que o fogo não foi causado por fogos de artifício, mas sim por um curto-circuito”, destaca a arquidiocese, lembrando que em 2011, a capela foi reconhecida como “bem de relevância histórica” pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).



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