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Estado de Minas REVITALIZAÇÃO DO HIPERCENTRO

CDL teme que obras no hipercentro de BH gerem impacto ao comércio

Órgãos pretendem manter diálogo para que obras não prejudiquem lojistas que atuam no local; sugestões e pontos de atenção foram apontados pelos lojistas


28/03/2023 13:17 - atualizado 28/03/2023 13:55

Na foto, o secretário de desenvolvimento econômico, Adriano Faria, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza Silva, e a subsecretária de Relações Intragovernamentais, Beatriz Góes
Após a coletiva, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e do comércio da capital realizaram reunião para discutir ações visando reduzir riscos de possíveis prejuízos aos lojistas (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
O projeto de revitalização do hipercentro de Belo Horizonte, anunciado pela Prefeitura Municipal (PBH), levantou preocupações à Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/BH), relacionadas ao comércio no local durante as obras.

Pensando nisso, a CDL propôs debates junto ao poder público municipal, visando reduzir os impactos causados pelas intervenções. Um dos temores da organização é que as obras afastem os consumidores do comércio, seja por obras feitas pela prefeitura, seja por reconfiguração de espaços, como fechamentos temporários de avenidas e mudanças nos pontos de ônibus, por exemplo.

Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, ressaltou a importância da parceria com a PBH, com a criação de um canal aberto para que os lojistas possam fazer sugestões e expor suas preocupações. “A gente tem essa preocupação sim, porque as vendas são muito importantes, principalmente para os pequenos comerciantes. Eles vendem de dia para pagar suas contas no outro dia. Então é importante que essas obras não atrapalhem ou que o impacto delas seja bem minimizado”.

Souza e Silva destacou a importância de os lojistas estarem por dentro do cronograma das obras e ressaltou que o desejo da CDL/BH é ajudar na execução dos projetos. “Temos consciência que a cidade precisa, que o hipercentro é uma região que ainda tem um potencial enorme para ser um espaço de desenvolvimento econômico, social e de convivência”.

Beatriz Góes, subsecretária de Relações Intragovernamentais da Prefeitura de Belo Horizonte, ressaltou que diversas obras serão feitas a curto, médio e longo prazos. “O objetivo é requalificar o centro, dar mais opções, para que todo mundo fique feliz, com mais vontade de ir ao centro, de morar no centro, de fazer negócios”.
 
 

Continuidade das obras

Segundo Beatriz, que agradeceu ao convite da CDL/BH para a discussão, algumas das obras, aquelas com maior prazo de execução, serão finalizadas somente após o mandato do atual prefeito, Fuad Noman. Ela garantiu que a PBH pretende deixar o caminho pavimentado para que eventuais novos gestores possam seguir com o projeto. “Os projetos executivos de muitas delas (das obras) já estão prontos, muitas delas com o dinheiro já previsto para execução, então a gente acredita que isso é uma coisa boa para a cidade, boa para o cidadão, boa a população, é difícil não continuar”.

Marcelo de Souza e Silva, por sua vez, ressaltou a importância de a sociedade civil cobrar os gestores para que as obras sejam concluídas. “Nós, da sociedade civil organizada, estamos acompanhando e vamos fazer nossas cobranças, para que o próximo prefeito que chegar continue essas obras. Temos o Conselho de Desenvolvimento Econômico da cidade que a gente formatou justamente para dar esses apoios.”
 

Propostas e sugestões

Confira algumas das propostas da PBH e as sugestões da CDL/BH para elas:
 

Cultura, Lazer e Turismo

Em linhas gerais, o programa da prefeitura propõe a finalização das obras do Espaço
Multiuso do Parque Municipal, expansão do horário de funcionamento do local e a requalificação do CAT - Mercado das Flores.
 

Sugestões

  • Reavaliar a gestão do Parque Municipal visando atualização do modelo de administração por meio de Parceria Público Privada, estimulando a oferta de serviços para o público.
  • Potencializar parcerias com o Circuito Cultural Liberdade e áreas com potencial turístico como, por exemplo, a Savassi e o Barro Preto (Polo da Moda).
  • Valorização dos comércios tradicionais da região como pontos turísticos.

Mobilidade

O projeto prevê a criação de faixas exclusivas para ônibus, além da manutenção, reforma e instalação de novas ciclovias.

Sugestões/Propostas

  • As entidades e empresas sugerem que haja uma explicação detalhada do projeto para entender quais vagas serão excluídas em função das faixas exclusivas e das ciclovias.
  • Manutenção e reforma de vias estão, geralmente, relacionadas a obras na porta dos comércios. As entidades demandam que as obras sejam feitas em etapas, para evitar grandes canteiros e isolamento das lojas.

Requalificação urbana

As ações previstas vão contemplar a requalificação e o fechamento da rua Sapucaí aos domingos, reconstituição da Praça da Independência e revitalização do conjunto histórico e paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro.
 

Sugestões

  • Em levantamento preliminar realizado pela CDL/BH com comerciantes locais, 93% dos entrevistados concordam com o projeto de "fechamento" da Sapucaí, entendendo que irá ajudar o seu negócio.

Mobiliário urbano

A prefeitura propõe a instalação de novos abrigos de ônibus e banheiros públicos.
 

Sugestões

  • Apresentar, para avaliação, os locais de instalação dos novos abrigos e dos banheiros públicos a fim de se evitar impactos negativos na circulação de clientes e fachadas das lojas.
  • Facilitar a instalação de placas luminosas na região central, contribuindo para a segurança da região.
  • A manutenção das calçadas portuguesas deve ser responsabilidade da prefeitura.
  • Avaliar a disponibilização dos sanitários dos estabelecimentos comerciais com a devida cobrança. A ação obteve um excelente resultado no carnaval.
 

Parques e Arborização

A prefeitura tem a intenção de implantar áreas de resfriamento no centro da cidade e ampliar a arborização de vias, as calçadas e os canteiros.
 

Sugestões

  • A CDL/BH se disponibiliza a oferecer suporte para a adequação dos lojistas ao Programa Adoro BH, que trata da adoção de espaços públicos e áreas verdes na cidade, incentivando o comércio a adotar praças e canteiros.
  • Ressaltamos a importância de se haver uma contrapartida justa em termos de visibilidade das empresas adotantes destes espaços.
 

Manutenção e zeladoria

O programa prevê a manutenção dos canteiros centrais, revitalização de calçadas portuguesas, requalificação dos pavimentos, reforma da Praça da Estação, restauração e conservação de bens tombados pelo município.
 

Sugestões

  • As ações podem implicar em obras e impacto ao comércio local, sendo necessária articulação com a zeladoria para serem pactuados prazos e horários de menor impacto.
  • Criação de um plano municipal para ampliar/melhorar a iluminação nos centros comerciais e acessos.
  • Construção de fluxo de diálogo e demandas entre comércio e Subsecretaria Municipal de Zeladoria Urbana (Suzurb).
 

Ocupação de prédios ociosos e subutilizados

O 'Centro de Todo Mundo' propõe a atualização da legislação de Retrofit e viabilização da implantação da habitação de interesse social na região central.
 

Sugestões

  • Buscar formas de promover o readensamento do Hipercentro com trabalhadores do setor de comércio e serviços (Linhas de financiamento, subsídios e ou enquadramento em políticas sociais).
  • A implantação de incentivo à habitação no Centro de BH irá fomentar a maior circulação de pessoas e a permanência de pessoas no espaço.
 

Segurança

O Executivo Municipal planeia a implantação de videomonitoramento inteligente e ampliação das ações da Guarda Municipal no perímetro.
 

Sugestões

  • Melhoria da iluminação nos ambiente públicos.
  • Inclusão do setor de comércio e serviços nas discussões sobre ações de inteligência da segurança pública.
  • A CDL/BH se coloca à disposição como agente de interlocução para a integração das câmeras de lojas ao sistema da Guarda Municipal.

População em situação de rua

O programa objetiva a reinserção ao mercado de trabalho e a viabilização de habitação de interesse social na região central, locação social e bolsa moradia
 

Pontos de atenção e sugestão

  • As entidades e empresas desejam conhecer detalhadamente as iniciativas.
  • Avaliar o impacto das habitações de locação social e bolsa moradia no comércio local.


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