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Estado de Minas OBRAS

Obras em matriz de São Bartolomeu devem começar em março

Reunião com a comunidade e representantes de instituições foi realizada na matriz de São Bartolomeu nesta sexta-feira (13/1)


13/01/2023 17:50

São Bartolomeu
Reunião com a comunidade e representantes de instituições foi realizada na matriz de São Bartolomeu (foto: MPMG/Divulgação)
Esperança e alívio. Esses são os sentimentos de moradores do histórico distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, que, há anos, lutam para salvar da degradação a igreja matriz dedicada ao padroeiro. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC) e da Plataforma Semente, está à frente do projeto de restauração do templo do século XVIII, sendo a iniciativa apresentada à comunidade na quinta-feira (12/1).

Presente ao encontro realizado na própria igreja São Bartolomeu, onde destacou a importância do bem histórico, cultural e espiritual, o coordenador da CPPC/MPMG, Marcelo Maffra, informa que as obras deverão começar em março: “Antes, serão necessários dois meses e planejamento”. Para Maffra, o projeto é extremamente relevante para a proteção do patrimônio cultural de Minas, “tendo em vista que o templo religioso é um importante marco identitário e representa parte da memória da população mineira, além de ser um local sagrado para a comunidade".

Confiante na iniciativa, embora certo de que não há muito tempo a perder, o presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário de São Bartolomeu (Adecosb), Sérgio Murilo de Oliveira, disse, nesta sexta-feira (1381), que o lançamento das intervenções trazem alívio. “Saímos, assim, da zona de perigo, pois as obras emergências vão contemplar a cobertura, forro e parte elétrica. Só não podem demorar muito, pois, aí, deixam de ser obras emergenciais”, acrescenta Sérgio.

Em matéria publicada no último dia 26, o Estado de Minas mostrou a situação do templo interditado há quase quatro anos, e hoje coberto por uma lona, o que a protege da chuva sem resolver seus graves problemas. “Igreja fechada, sem uso e com lona por cima resulta em quê? Mofo, né? E, mais adiante, a destruição”, lamenta Sérgio.

Importância


A reunião contou com a presença de representante da comunidade e instituições como  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Arquidiocese de Mariana, Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Fundo Municipal de Patrimônio Cultural (Funpatri), Secretaria Municipal de Cultura, Câmara Municipal e Instituto Joaquim Artes e Ofícios. Na ocasião, foi apresentado o plano de trabalho das intervenções emergenciais que serão realizadas na igreja.    

O povoado de São Bartolomeu remonta ao início do século XVIII, sendo sua igreja matriz uma das mais antigas de Minas. Conforme o MPMG, com base em análises técnicas, “o estado de conservação é preocupante, com forros artísticos sujeitos às intempéries e graves problemas na rede elétrica, que se encontra desligada pelo risco de incêndio”. E mais: “Igualmente preocupantes são as condições do arcabouço de madeira do corpo principal da edificação, cujos esteios apresentam-se apodrecidos em suas bases, gerando insegurança estrutural à edificação”. 

O projeto foi proposto pelo Instituto Joaquim Artes e Ofícios, da Universidade Federal de Minas Gerais, e será executado via Plataforma Semente, vinculada ao MPMG. Estão previstas obras emergenciais de restauração arquitetônica “para sanar os problemas na cobertura e na rede elétrica, com o objetivo de conter o avanço dos fatores de degradação dos elementos arquitetônicos e artísticos da igreja, recuperando as condições de estanqueidade das coberturas e de estabilidade, ao custo total de R$ 1,5 milhão”. 

Durante a reunião, o promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Ouro Preto, Lucas Pardini, afirmou que a viabilização do projeto é motivo de muita satisfação para o MPMG, fruto de um trabalho conjunto tanto da Promotoria, quanto do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), que resultou na aplicação, em favor da própria comunidade local ouropretana, de recursos provenientes de termos de ajustamento de conduta firmados pelo Ministério Público em Ouro Preto. O promotor disse ainda que o projeto, selecionado por meio da Plataforma Semente, vem em boa hora, propondo-se a resolver a premente necessidade de restauração da matriz, referencial cultural e histórico do distrito de São Bartolomeu.


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