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Estado de Minas PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA MINEIRA

Em degradação, esculturas de escritores mineiros serão restauradas em BH

Estátua de Carlos Drummond de Andrade, considerado o mais influente poeta mineiro do século XX, está há mais de três anos sem a mão direita


09/09/2022 20:39 - atualizado 09/09/2022 23:00

Estátua de Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava
Estátua de Carlos Drummond de Andrade está há mais de três anos sem a mão direita (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
As estátuas localizadas em Belo Horizonte de grandes representantes da literatura de Minas Gerais irão passar por um processo de restauração, informou a prefeitura da capital mineira nesta sexta-feira (9/9). As peças que rendem homenagens para Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Henriqueta Lisboa e Roberto Drummond deverão ser revitalizadas em cerca de 120 dias. O Executivo municipal, no entanto, não divulgou uma data para início dos trabalhos. 
 
Porém, a secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, destaca que os trâmites internos para que seja feita a recuperação das esculturas já estão em andamento. “Avançamos internamente nos procedimentos burocráticos e definimos que todas as despesas serão pagas por meio de medida compensatória do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Essa decisão vai garantir a completa e merecida restauração das obras que reúnem parte da memória da nossa cultura literária”, comenta. 
 
No mês passado, o Estado de Minas mostrou que a estátua do escritor Roberto Drummond (1933-2002), na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, amanheceu pichada no domingo de Dia dos Pais, em 14 de agosto, marcando uma sucessão de atos de vandalismo apenas nesta obra, feita em bronze e em tamanho real pelo artista Leo Santana. 
 
Considerado o mais influente poeta do século XX e integrante da segunda geração modernista, a estátua do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1982) – localizada entre a Rua Goiás e a Rua da Bahia, no Centro de BH – está há mais de três anos sem a mão direita. Porém, este caso, especificamente, não se trata de vandalismo. À época, um guarda municipal, ao perceber que a mão estava pendurada, guardou o pedaço da escultura no prédio da prefeitura.
 
Essa peça é acompanhada de outra estátua – a do escritor e médico Pedro Nava (1904-1984), com quem Drummond mantinha uma relação de amizade. O artista Leo Santana também assina a criação dessas obras. 
 
Em junho deste ano, a estátua da escritora mineira Henriqueta Lisboa (1901-1981) na Savassi, do mesmo artista, teve as duas mãos arrancadas e os olhos tingidos de vermelho. Na ocasião, a prefeitura já havia informado que os trâmites internos para a restauração estavam em andamento. 
 
A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, salientou sobre a importância de ter consciência que a responsabilidade pela preservação é coletiva e celebrou o avanço nas diligências do processo de restauro. 
 
“A depredação das obras nos causou muita tristeza, mas agora estamos otimistas com a proposta da completa recuperação deste acervo tão importante. As esculturas são obras de arte que estão expostas em espaço público, que é coletivo. Este patrimônio cultural deve ser cuidado por todos, pois ele é formado por elementos que constituem a nossa memória e identidade”, pontuou. 
 
Conforme o Executivo municipal, “após o fim das restaurações será realizada uma campanha educativa sobre a importância dos monumentos e a responsabilidade de cada cidadão com os bens culturais”. 


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