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Estado de Minas SEGURANÇA

Ceresp Gameleira: 373 detentos serão transferidos nos próximos cinco dias

Realocação será feita após Tribunal de Justiça de Minas determinar que instituição está superlotada; capacidade ocupacional está 51% acima do limite


24/08/2022 14:53 - atualizado 24/08/2022 15:44

Ceresp Gameleira visto de cima
Detentos do Ceresp Gameleira serão transferidos após decisão do Tribunal de Justiça de Minas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, está com a capacidade ocupacional 51% acima do limite estipulado pela Justiça de Minas. Dos 1.100 detentos, 373 deverão ser transferidos para outras instituições em até cinco dias.


A medida está sendo tomada após o juiz Daniel Dourado Pacheco apontar, nessa terça-feira (24/8), uma série de irregularidades na instituição. Além da superlotação, o magistrado pontuou que a penitenciária apresenta instalações precárias, além de não oferecer serviços básicos como atendimento psicossocial, atendimento médico e odontológico, distribuição de material de higiene e de limpeza interna nos corredores e celas, tampouco sistema de combate a incêndio. 


A Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que, desde que foi notificada, na noite de ontem, “cumpre todas as determinações”. A pasta informou ainda que a transferência seguirá determinação judicial e apenas os presos condenados passarão pelo trâmite.


A Sejusp reforçou que a unidade prisional possui atendimento médico, realizado em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, e conta com uma equipe de 15 profissionais de saúde: três enfermeiros, dois auxiliares de enfermagem, um nutricionista, seis assistentes sociais, um dentista e dois psicólogos. 

  • Ceresp/Gameleira é fechado por superlotação e outras irregularidades

Por questões de segurança, mais detalhes sobre o remanejamento dos detentos não serão informados. 

Histórico 

As irregularidades vem sendo denunciadas no Ceresp desde 2015. Além da superlotação, a Pastoral Carcerária Nacional chegou a denunciar déficit de policiais penais, insalubridade e violações de direitos humanos no Ceresp/Gameleira, posteriormente confirmadas por inspeção judicial. 
 
Na época, o governo de Minas chegou a apresentar um plano de melhoria no complexo, incluindo a redução de presos de 808 para 727 em um ano, mas não cumpriu a proposta. 


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