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Estado de Minas MANIFESTAÇÃO

Manifestantes bloqueiam BR-262 em protesto contra ordem de despejo

Manifestação contou com a presença de 60 moradores, que interditaram os dois sentidos da via


08/08/2022 17:33 - atualizado 08/08/2022 19:28

fogo em pneus e galhos ainda de madrugada
Manifestação contou com a presença de 60 moradores da Ocupação Pingo D'água (foto: Redes Sociais/Reprodução)
Moradores da Ocupação Pingo D’água, em Betim, na Grande BH, bloquearam a BR-262, no km 355, em um protesto contra uma ordem de despejo e pediam por apoio da prefeitura. A manifestação, na manhã desta segunda-feira (8/8), causou lentidão no trecho da rodovia e em parte da Fernão Dias.
 
O protesto começou por volta das 5h30, quando as pessoas começaram a queimar  galhos e pneus, interditando as duas faixas da rodovia, nos sentidos Belo Horizonte e Pará de Minas. Também houve lentidão entre os quilômetros 494 e 496 na BR-381. As chamas geraram muita fumaça no local e o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado.
 
 
 
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação contou com cerca de 60 pessoas. Os dois sentidos da via foram liberados por volta das 9h20.
 
Os manifestantes também pediram para que a Câmara Municipal de Betim derrube o veto do prefeito Vittorio Medioli (sem partido) ao Projeto de Lei 162/2022, que declara de interesse público a área ocupada. O local é ocupado por cerca de 130 famílias desde 2011 e pertence a uma construtora.
 
No PL, os autores destacaram que a ocupação visa dar função social à propriedade, um conjunto de 75 lotes, que estavam abandonados por cerca de 35 anos. “Este terreno vinha servindo de depósito de lixo, ocultação de cadáveres e outras práticas ilícitas na região”, completou.
 

Resposta da Prefeitura


Em nota, a Prefeitura de Betim informou que a ocupação ocorre em área privada no bairro Pingo D'água e que o processo de reintegração de posse foi movido pelo proprietário do terreno. "O município não faz parte da ação judicial (nem sequer foi citado)", ressalta.
 
Mas a prefeitura destacou que mesmo não sendo parte da ação, a gestão municipal vem demonstrando interesse em ver a situação pacificada.

A prefeitura chegou a participar de uma audiência pública na Câmara Municipal, em 2 de maio. O secretário municipal de Ordenamento Territorial e Habitação, Marco Túlio Freitas, já esteve com dois representantes dos moradores da ocupação para discutir a situação.
 
O Executivo Municipal também participou de reuniões com a presença de ocupantes e de representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, da Defensoria Pública de Minas Gerais, do Ministério Público, da construtora e da Prefeitura de Betim, representada pelas secretarias municipais de Ordenamento Territorial e Habitação e Assistência Social.
 
Como a construtora não apresentou nenhuma solução, o município propôs o reassentamento das famílias em área institucional a ser adiantada em doação pela empresa.
 
"Na proposta, a atual gestão elaboraria projeto do loteamento e também das casas, enquanto a construtora forneceria a infraestrutura necessária e os ocupantes construiriam as respectivas casas", explica a prefeitura.
 
Grande parte das famílias que vivem na ocupação já são atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região, segundo om município. Uma nova reunião está sendo agendada entre as partes envolvidas e o Ministério Público para seguir na busca por um acordo.


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