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Estado de Minas REGIÃO SUL DE BH

BH: incêndio em subestação da Cemig prejudica moradores e comércio

Entorno foi afetado com a falta de energia. Em alguns prédios, moradores precisaram subir mais de 10 andares pelas escadas sem o funcionamento dos elevadores


08/08/2022 15:28 - atualizado 08/08/2022 16:09

Prédio da Cemig no bairro São Pedro com fumaça preta saindo das janelas. Um carro do Corpo de Bombeiros à frente, trabalhando.
Incêndio em subestação da Cemig não deixou feridos, pois o prédio era fiscalizado remotamente. Ainda não se sabe a causa do incidente (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Um incêndio que atingiu a subestação da Cemig, no bairro São Pedro, em Belo Horizonte, não deixou feridos, mas prejudicou a rotina de moradores e do comércio da região. 

Além de atrapalhar o trânsito, que precisou da BHTrans para coordenar o tráfego, já que as vias da Região Centro-Sul estavam sem semáforos funcionando, muitos comércios precisaram fechar as portas mais cedo pela falta de energia e para não inalar a fumaça tóxica. 

Apesar de o Bairro São Pedro estar localizado na Região Sul de Belo Horizonte, a subestação da Cemig, no local, o divide em lados dois sociais. De um lado do bairro, à esquerda do prédio da empresa, em uma região mais carente, o personal trainer Djalma Martins da Rocha, de 59 anos, que tem uma academia próxima das laterais da subestação, contou que o incêndio causou medo nos seus alunos e que muitos cancelaram as aulas que teriam de manhã e à tarde. 

“Eu tinha dois horários com 6 alunos e tive que cancelar, porque a ventilação aqui dentro é um pouco carente, então a fumaça atrapalhou muito. E eu não posso fechar a academia hoje, ainda mais segunda-feira, que é quando os meus alunos estão mais comprometidos”, lamentou o personal. 
 
 
A dona de casa Margarida Nascimento, de 68 anos, que é moradora da região, disse que estava lavando roupa quando a luz acabou e interrompeu o processo. Logo depois, ela avistou da janela de sua casa, a fumaça que saía da subestação e afirmou que estava muito preta, e difícil de respirar e de enxergar o entorno. 

Já à direita da subestação, na região mais abastada, os moradores dos grandes prédios não conseguiram contar com a energia para o funcionamento dos elevadores e precisaram subir longos lances de escadas. Moradora de um prédio com 11 andares, a psicóloga Lara Botelho afirmou que, com a falta de luz, estava difícil lidar com a logística manual de portões e elevadores do prédio, já que os sistemas eletrônicos não estavam funcionando. 

Neste mesmo prédio, moradores dos últimos andares ficaram aguardando, no térreo, na expectativa da energia voltar e conseguirem voltar para seus apartamentos, utilizando o elevador. 

Empresas que prestam serviço na região também precisaram se adaptar ao problema causado pelo incêndio. André Jamil, gerente técnico de uma empresa de portarias remotas, afirmou que o serviço foi prejudicado com a falta de energia e com a instabilidade de sinal de internet da região. Sem conseguirem fiscalizar as portarias dos prédios de forma remota, os funcionários precisaram se deslocar ao local para realizar a função de forma presencial e manual. 

Contudo, os moradores afirmaram que somente a falta de energia e de internet os prejudicaram durante o incêndio e que a fumaça não foi um problema, já que o vento estava levando-a para o outro lado do bairro. 
 

O capitão do Primeiro Batalhão do Corpo de Bombeiros, Fabrício Dalfior, afirmou que ainda não há informações sobre as causas do incidente, mas que as chamas começaram na região subterrânea de um dos três pavimentos que compõem a subestação e que, em pouco tempo, se espalhou para outros locais do prédio. 

Dalfior ainda confirmou que, como o incêndio foi confinado, não há riscos do fogo se alastrar para os transformadores e atingir moradores. Apesar disso, a orientação do capitão é que as pessoas se mantenham em casa, longe do local, para mitigar as chances de inalar grandes quantidades da fumaça que é tóxica e pode prejudicar a saúde.

Entretanto, mesmo com a orientação do Corpo de Bombeiros, as escolas ao redor mantiveram as aulas normais. Um funcionário de uma das escolas municipais do bairro, que não quis se identificar, afirmou que a fumaça estava chegando aos alunos e que eles estavam reclamando. 

Em nota, a assessoria da Cemig afirmou que a prioridade agora é restabelecer a energia do bairro e dos arredores, e que depois irá verificar quais foram os danos à subestação. Até então, a luz já havia voltado em alguns pontos dos bairros Cruzeiro, Mangabeiras, São Pedro e Santa Lúcia.
 

PF suspende atendimentos

Devido ao incêndio na subestação da Cemig, a Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, que fica no Ponteio Lar Shopping, região atingida pela falta de luz, suspendeu os atendimentos até que a energia seja normalizada.   


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