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Estado de Minas ZONA DA MATA

Polícia investiga caso de bebê que chegou morto à UPA em Juiz de Fora

Médico suspeitou de abuso sexual e acionou a PM. No entanto, delegado do caso diz que a causa da morte foi indeterminada, segundo informações do legista


11/06/2022 20:57 - atualizado 11/06/2022 22:39

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Zona Norte de Juiz de Fora
Menino de 11 meses chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Zona Norte da cidade, na manhã de sexta-feira (10/6) (foto: Google Street View/Reprodução)

A Polícia Civil em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, abrirá um inquérito na próxima terça-feira (14/6) para investigar o caso de um bebê de 11 meses que chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Zona Norte da cidade, na manhã de sexta-feira (10/6). A informação foi confirmada pelo delegado Rodolfo Rolli - que comanda as diligências - em entrevista ao Estado de Minas.

Conforme a ocorrência registrada ontem pela Polícia Militar (PM), o médico pediatra, responsável por acionar as autoridades, disse que os pais chegaram à unidade buscando atendimento para o menino, mas ele já estava sem sinais vitais.
Após prosseguir com a avaliação médica, o pediatra identificou que o bebê apresentava rigidez no tórax e abdômen, indícios de laceração anal e muco com sangue no ânus - fato que levantou a suspeita de abuso sexual.

Porém, conforme o delegado do caso, o legista já apontou, em uma conversa informal, que "a causa da morte foi indeterminada". "O material genético já foi colhido e encaminhado para Belo Horizonte. A princípio, não houve ato libidinoso ou conjunção carnal", explica Rodolfo Rolli em conversa com a reportagem na noite deste sábado (11/6).

"Importante dizer que o médico considera várias possibilidades para não pecar em uma possível omissão, trazendo uma análise mais abrangente. Então, ele pode suspeitar de várias coisas", complementa.

Rolli também destaca que na Unidade de Pronto Atendimento não são realizados exames que atestam a conjunção carnal ou ato libidinoso. "Eles encaminham para o HPS [Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira] ou legista. A partir daí é que, de fato, se começa a investigar", afirma o delegado, destacando que o inquérito deverá ser iniciado na próxima terça-feira, quando sai oficialmente o resultado da necropsia.

Segundo a PM, os pais, quando indagados sobre a suspeita do pediatra, negaram que o filho tenha sofrido abuso. Segundo eles, o ferimento na região íntima poderia ter sido causado por uma diarreia apresentada na última quarta-feira (8/6). "O legista me confirmou informalmente que, de fato, a criança tinha uma assadura nas nádegas em decorrência de uma diarreia intensa", corrobora o delegado.

Conforme os depoimentos coletados pelos policiais ainda na UPA, os pais contaram que, na quinta-feira (9/6), levaram o bebê ao posto médico do Bairro Vila Esperança I, também na Zona Norte, onde ele foi medicado com soro e bromoprida, sendo, posteriormente, liberado. Na ocasião, ele também estaria com quadro de vômito.

Por volta das 7h de ontem, ao checar como o filho estava, o pai disse à polícia que o encontrou de bruços e com os lábios roxos - momento em que ele e a esposa decidiram levar o menino à UPA, onde o óbito foi atestado.


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