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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Professores das escolas particulares de BH podem iniciar greve terça-feira

Categoria fará assembleia para discutir reajuste salarial de 5% apresentado pelos donos de estabelecimentos


21/05/2022 04:00 - atualizado 20/05/2022 23:29

Assembleia de professores
Assembleia de professores: categoria quer reposição de 25,23%, referente à inflação acumulada desde 2020, com 5% de ganho real (foto: SINPRO/DIVULGAÇÃO)


Os professores das escolas particulares de Belo Horizonte pretendem paralisar as atividades na próxima terça-feira. No dia, haverá assembleia para discutir o reajuste salarial de 5% apresentado pelas escolas. A categoria quer reposição de 25,23%, referente à inflação acumulada desde 2020, com 5% de ganho real. As negociações entre o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) e o Sindicato das Escolas Particulares (Sinep-MG) começaram em março. A última ocorreu na terça-feira (17/5), mas não houve acordo. Além do reajuste abaixo da inflação, os professores rejeitaram o que consideram perdas de direitos, como a separação do acordo coletivo dos professores de ensino básico e do ensino superior, que é conjunto. O acordo coletivo envolve também professores da rede privada da regional de BH e centenas de cidades, como Conselheiro Lafaiete, Ouro Preto e Viçosa.

Clarice Barreto, diretora do Sinpro, informou que existe a possibilidade de aprovação da greve na assembleia de terça-feira e que haverá reunião na segunda-feira para fechar as propostas que serão apresentadas à categoria no dia seguinte. A assembleia está marcada para as 10h, na Assembleia Legislativa de Minas. Depois, está prevista manifestação dos professores no Centro da capital.

Em nota, o Sinep-MG afirmou: “Chegaremos a um bom termo nessas negociações, com todas as partes sendo contempladas de forma equilibrada, quanto às nossas demandas, limitações, necessidades e expectativas de sustentabilidade e desenvolvimento contínuos”. O sindicato informou que 90% das escolas que representa são micro e pequenas empresas, duramente afetadas pela pandemia. Por isso, a “gestão de custos e recursos” exige “atenção redobrada.

“Temos, historicamente, anos de ótimas negociações que permitiram o desenvolvimento de nosso segmento educacional, de forma a possibilitar a prosperidade dos profissionais e das instituições de ensino, no nível do reconhecimento de Minas Gerais como um estado de excelência educacional”, concluiu a entidade.

AULAS SUSPENSAS

A Escola da Serra enviou, ontem, comunicado aos pais informando que as aulas na próxima terça-feira estão suspensas por causa da paralisação. A escola informou ainda que o dia será reposto em um sábado letivo. O Colégio São José, no Bairro Floresta, também informou que não haverá funcionamento na data. Nos colégios Santo Agostinho e Sagrado Coração de Jesus e nas 12 unidades do Colégio Santa Maria, por ora as aulas estão mantidas. O Colégio Santo Antônio ainda não tem informações sobre uma possível paralisação.

Até o momento, não há manifestação organizada dos pais de alunos de escolas particulares. Em grupos nas redes sociais, a paralisação da terça-feira divide opiniões. “Super a favor da manutenção de direitos e valorização dos educadores”, escreveu uma mãe em um grupo ao qual o Estado de Minas teve acesso. Há também comentários mais preocupados: “Escolas deveriam entrar em acordo logo com os professores para termos menor impacto sobre a educação de nossos filhos. Acho que eles foram bem prudentes em não iniciar a greve logo de cara”.

* Estagiário sob supervisão do subeditor Paulo Nogueira


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