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Estado de Minas APÓS UMA DÉCADA SEM REGISTRO

Secretaria de Saúde confirma 2º caso de raiva humana em Minas neste mês

Caso é de menina indígena maxacali. Quadro da paciente piorou e ela está na UTI. Um garoto, da mesma reserva indígena, morreu em 4 de abril devido à doença


20/04/2022 18:23 - atualizado 20/04/2022 18:58

Fachada do Hospital João Paulo II, em BH
Menina foi internada no Hospital Joao Paulo II, em Belo Horizonte, em 5 de abril (foto: Fhemig/divulgaçao)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou nesta quarta-feira (20/04) que exame laboratorial apresentou resultado positivo para a raiva humana em uma menina, de 12 anos, da reserva indígena maxacali, internada no Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte. É o segundo caso de morte pela doença  somente este mês, perto de completar dez anos após o registro do último óbito no estado. 

A menina deu entrada no hospital na madrugada de 5 de abril, com diversos sintomas, depois de ser mordida por um morcego hematófago (transmissor da raiva humana) na aldeia Pradinho, no município de Bertópolis, no Vale do Mucuri.


Segundo a SES-MG, a garota indígena teve confirmação para raiva humana por meio de exame em laboratório de referência nessa terça-feira (19/4), quando se comemora o Dia do Índio. Ainda segundo a pasta, em 13 de abril, "a paciente teve piora clínica e foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece internada e segue o protocolo de tratamento de raiva humana". 

  

O primeiro caso registrado neste mês foi de um garoto, também de 12 anos e da reserva indígena maxacali em Bertópolis, que morreu em 4 de abril. Ele havia sido internado na véspera, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), após ser mordido por morcego hematófago. 

  

A Secretaria de Estado de Saúde informou ainda que um terceiro caso está sendo investigado. Trata-se de outra menina, de 5 anos, que morreu na comunidade indígena de Pradinho, em 17 de abril, quando o caso suspeito foi notificado.

  

"Apesar de o indivíduo não ter apresentado sintomas clínicos de raiva nem sinais de mordedura ou arranhadura por morcego, optou-se por investigar o óbito como tal em função da proximidade geográfica das ocorrências e dos hábitos da comunidade, seguindo os protocolos sanitários de prevenção e controle da doença", explicou a SES-MG. "Amostras foram coletadas e enviadas para exame laboratorial e aguarda-se o resultado", completou a pasta.  

 

O último caso por raiva humana em Minas foi registrado em junho de 2012, de um homem que morreu no município de Rio Casca (Zona da Mata), depois de ser mordido por um morcego hematófago. 

MEDIDAS PREVENTIVAS

A Secretaria de Estado de Saúde reiterou que, assim que foi notificada do primeiro caso suspeito de raiva humana em Bertópolis, foram adotadas "medidas imediatas e contínuas de prevenção e controle da raiva na localidade". Uma delas foi a notificação e investigação dos dois casos suspeitos, bem como comunicação imediata ao Ministério da Saúde.

  

"Também houve o reforço da vigilância epedimiológica na localidade da ocorrência dos casos suspeitos (agora confirmados), com busca ativa de pessoas que possam ter tido a mesma situação de risco dos casos suspeitos; e em seguida com o encaminhamento para atendimento médico profilático na localidade."

  

Outra medida foi a disponibilização de 100 doses de vacina antirrábica animal para vacinação de cães e gatos da região, conforme a população animal estimada. "A vacinação está sendo realizada pelos agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Bertópolis desde 6 de abril de 2022, para imunizar cães e gatos e, com isso, ajudar a prevenir e controlar a doença", informa a SES-MG.

 

Além disso, são desenvolvidas "ações de educação em saúde na região com objetivo de alertar as pessoas sobre a doença e suas formas de transmissão, bem como as medidas de prevenção e controle da raiva". 

 

 


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