A aplicação da quarta dose contra a COVID-19 será realizada nesta segunda (4/4) e terça-feira (5/4). Para a imunização da influenza, os postos de vacinação funcionam das 8h às 17h nos centros de saúde e pontos extras e até às 16h30 nos pontos de drive-thru.
Nos shopping que fazem parte da campanha, a vacinação ocorre das 13h às 19h30.
Para a imunização do grupo é necessário levar o cartão de vacina, o documento de identidade e CPF.
A PBH afirmou que a convocação simultânea é uma medida para que este público-alvo evite o deslocamento a um ponto de imunização mais de uma vez. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, não há necessidade de aguardar um intervalo entre a vacina contra COVID-19 e a gripe.
Conforme o cronograma da campanha divulgado pelo Ministério da Saúde, a campanha da gripe terá duas etapas, sendo a primeira fase, que vai até o dia 30 de abril, direcionada aos idosos com 60 anos ou mais de idade.
Inicialmente a PBH estará imunizando exclusivamente o grupo de 80 anos ou mais.
Os endereços para vacinação da gripe podem ser consultados na página da Prefeitura destinada a informações da campanha. Os idosos que optarem por receber a vacina contra a COVID-19 e gripe na mesma data, podem verificar os endereços dos locais de vacinação e os horários de funcionamento também no portal da Prefeitura.
A imunização tem como objetivo a redução das complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da Influenza.
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 2022, até o momento, são 341 casos notificados da doença e 56 óbitos. A SES-MG ressalta que os dados são parciais e estão sujeitos à alteração.
"A vacina Influenza trivalente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 é eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. A vacinação anual previne as formas graves da doença, reduzindo o impacto sobre o sistema de saúde, principalmente, neste momento de pandemia que estamos enfrentando. A meta é imunizar 90% das pessoas incluídas nos grupos prioritários", afirmou a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, em nota.
Proteção reforçada
No campus da UFMG, Joaquim Lima de Souza, 85 anos, tomou a quarta dose, reforçando a imunização, e também se vacinou contra influenza. Ele conta que ele e sua esposa tiveram COVID-19 no último ano e acha importante a vacinação e a dose de reforço.
"Uma segurança a mais que nós temos né. A gente cumpre o nosso dever. O melhor é estarmos prevenindo, imunizados", relata quando questionado sobre a sensação de reforçar a imunização. O cidadão também conta que se outras doses de reforço forem necessárias não irá pensar duas vezes antes de tomar.
Joaquim diz que ainda não é adepto das flexibilizações da COVID-19. "Eu permaneço usando máscara, só depois que eliminar tudo isso aí é que a gente volta ao normal, mas por enquanto a gente deve continuar se protegendo", afirma.
Ele também espera que os cenários melhorem daqui para frente, mas acredita que ainda teremos que esperar um pouco para tudo realmente voltar ao normal. "A pandemia deve permanecer por mais um tempinho, a gente vê o noticiário, ainda tem mortes acontecendo, é melhor a gente se previnir", declara.
O Nahim Felippe Sarsur, de 89 anos, também passou pelo campus da UFMG nesta manhã para reforçar a sua dose contra COVID-19 e tomar a vacina da gripe.
Ele ressalta que acredita no compromisso da ciência com a nossa imunização “Eu acredito na ciência por isso estou tomando. Se tiver mais [doses] eu irei tomar quantas aparecerem por aí. Eu tomo todas as vacinas. Todas as vacinas que eu tinha que tomar na minha vida eu tomei", declara Nahim.
Questionado sobre a circulação da COVID-19 por mais algum tempo, ele diz que acredita que o cenário continuará assim. “Eu to torcendo para estarmos caminhando para o final dela [pandemia], mas eu acredito que isso vai longe ainda", relata.
Apesar do reforço na imunização, Nahim ressalta que as medidas de segurança devem continuar por mais um tempo. “Eu tô usando máscara ainda, na rua o uso é constante'', afirma.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais