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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Caso de aluno com granada em escola abre debate sobre atenção às crianças

Estudante de 13 anos levou granada para dentro de colégio particular em BH. Nesta quarta (23/3), colégio informou que adolescente foi expulso


23/03/2022 17:10 - atualizado 23/03/2022 18:32

Granada levada por aluno do Colégio Santa Doroteia, em BH
Imagem da granada levada ao colégio pelo estudante (foto: Redes sociais/Reprodução)
O caso do estudante de 13 anos que levou uma granada para dentro do Colégio Santa Dorotéia, no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acende um alerta para a importância da atenção às crianças e aos adolescentes por parte da escola mas, também, dos pais. 

Fernando França Monteiro de Barros, coordenador do Comitê de Crise do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Ssinep/MG), avalia que a escola conseguiu atuar de forma objetiva e pontual. "Nos momentos de crise, é preciso que a equipe da escola esteja preparada para atuar. Nesse caso, a equipe da escola teve um preparo de atuação exemplar", disse.

O especialista destaca que se trata de um caso isolado que ganhou grande repercussão. Mas, segundo ele, o episódio evidencia a importância da comunicação entre aluno, escola e os pais. "É fundamental a participação efetiva dos pais,  conversando com os seus filhos, acompanhando de verdade o dia a dia dos seus filhos, entendendo como efetivamente a gente pode oferecer como orientação. Essa parceria família e escola é fundamental para ampliar a segurança", aponta Barros.

Para ele, a própria pandemia e, consequentemente, o isolamento pode ter criado um tipo de distanciamento nas relações.

"Nas escolas de educação básica, estamos conversando sobre esses 'gaps' que os nossos alunos começaram a adquirir - não só de conteúdo, mas comportamentais. Nós já estamos conversando, analisando, discutindo, trazendo psicólogos, para entender essa dificuldade de comportamento das nossas crianças como efeito colateral da própria pandemia", finalizou.

Em nota, o Colégio Santa Doroteia destacou que o evento "seguiu em vértice oposto aos mais caros princípios educativos e práticas pedagógicas adotadas nesta instituição de ensino, bem como ao incansável compromisso que assumimos dia a dia, para com a guarda e preservação da integridade de nossos alunos, colaboradores e famílias".

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada porque o aluno do 9º ano do ensino fundamental estava carregando uma granada dentro da escola. Ao ver o objeto com o estudante, o coordenador de segurança do colégio o recolheu e guardou em um lugar distante até que os militares chegassem ao local.

"Diante dessa notícia, a coordenação geral prontamente requisitou a presença do aluno, promovendo os esclarecimentos dos fatos para possibilitar o seguimento às medidas cabíveis. Em ato contínuo, os responsáveis legais do aluno foram prontamente comunicados e, diante da relevância dos fatos e da presença do artefato bélico, foi acionada a Polícia Militar, para que tomasse conhecimento e conduzisse o caso dentro dos protocolos necessários", disse o colégio na nota.

A granada foi recolhida pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, que constatou que o artefato não tinha o risco de explodir.

Nessa terça-feira (22/3), o colégio chegou a informar que o menino foi encaminhado para a direção da escola e teria sido suspenso por três dias. A escola ainda entrou em contato com o pai do estudante, que disse que não podia buscar o filho e autorizou que ele fosse liberado sem um maior de idade presente. Hoje, em nota, o colégio informou, porém, que ''o estudante foi desligado da escola''.


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