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Protetora das mamas: Silvianópolis tem única capela de Santa Águeda em MG

Conheça a história de três moradoras que relatam a cura do câncer de mama após pedir intercessão da santa, comemorada em 5 de fevereiro


06/02/2022 16:54 - atualizado 06/02/2022 18:30

Na Capela de Santa Águeda, a zeladora Marli Beraldo
Na Capela de Santa Águeda, a zeladora Marli Beraldo relata que alcançou a cura do câncer após pedir intercessão da santa (foto: Nayara Andery/ Terra do Mandu)

Silvianópolis tem a única capela dedicada a Santa Águeda em Minas Gerais. O local, construído em 1945, é um ponto de devoção à padroeira das vítimas de câncer de mama. Histórias impressionantes de moradoras mostram a relação da devoção com a cura da doença. Marli Beraldo estudou no colégio vinculado à capela e conta que desde a juventude, as mulheres que estudaram no local aprendiam sobre a vida de Santa Águeda e se tornaram devotas. Quando ela foi diagnosticada com câncer de mama, pediu a intercessão e alcançou a graça que queria. Santa Águeda foi martirizada no século III e teve os seios arrancados nas torturas que sofreu, no período de perseguição de cristãos, na Sicília.

Marli teve câncer de mama e após radioterapia e quimioterapia, ficou curada. Um novo tumor surgiu após quatro anos e ela fez mastectomia, que foi a retirada da mama direita. "E continuei a fazer o tratamento até ter alta. Já era devota, agora, aumentou mais ainda. Por isso que dedico o meu tempo cuidando da Capela de Santa Águeda. Tive a graça alcançada, estou curada graças a Deus, eu e minha filha também." Há oito anos, Marli fazia tratamento e a filha Ana Lúcia Beraldo, conhecida como Nani, realizava exames preventivos quando descobriu que também tinha um tumor mamário.
Nani é devota e já pedia a graça da cura da mãe por intercessão de Santa Águeda, pedido que também foi feito para ela. Ao lembrar tudo o que passou, ela conta que o tumor era mais agressivo que o da mãe, mas a cirurgia invasiva não a fizeram perder a fé em Deus e em sua santa de devoção. "E desde que saí do centro cirúrgico, sabia que estava curada, tinha certeza.", contou. O tratamento já terminou e até hoje Nani usa medicação, mas, atribuiu a cura a uma graça alcançada com ajuda da santa protetora das mamas, "Até hoje meus exames estão todos normais". Nani, criou a página facebook.com/CapelaSAgueda, que recebe relatos de mulheres que também contam que foram curadas depois de rezar a Deus com a intercessão de Santa Águeda.

Um câncer de mama agressivo e em estágio avançado mudou a vida de Rosângela Paiva, em 2020. O que não mudou foi a fé na santa das mamas, depois da quimioterapia e retirada do seio direito, em 2021. Na última consulta, ela conta que o médico se surpreendeu com o resultado da biópsia ao dizer "Rosângela, estou surpreso, até agora não estou acreditando no teu resultado. Eu não esperava isso, foi um milagre. Pra qual santo você rezou?", perguntou o médico.

A paciente e devota respondeu e acrescentou que "pra Deus nada é impossível. E hoje estou aqui, sou a prova viva disso. Agradeço de todo o meu coração à Santa Águeda, que é protetora contra o mal do câncer de mama."

Santa Águeda e os pedidos de cura por câncer de mama

A doença nas mamas é o tipo de câncer que causou mais mortes de mulheres em 2019 no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que em 2021, o país teve mais de 66 mil diagnósticos.

O que leva as pessoas a recorrerem pela intercessão de Santa Águeda é a própria história da mártir. Nascida no século III, em Catânia, na Síclia, a santa era considerada uma mulher bela, de família nobre. Ela quis se consagrar a Cristo na pobreza e na castidade.

Quando adolescente, foi pedida em casamento pelo governador da Sicília e recusou. Ele a acusou para as autoridades, na época da perseguição cristã. Ágata foi presa e torturada com ferro em brasa e chicotes. Ao ser mandada de volta à prisão, ela teve uma visão do Apóstolo São Pedro e não negava sua fé. As torturas foram intensificadas e chegaram ao "desconjuntamento dos ossos e dilaceração dos seios", informa a Arquidiocese de São Paulo (SP). Os seios foram arrancados com alicates. Ela morreu quando rezava para a erupção do vulcão Etna parar, em 251, quando o desastre cessou.

Pe. Ramon Ferreira, pároco da matriz de Silvianópolis, relata que sempre há relatos de mulheres que conseguiram graças ao pedir intercessão da santa. Sobre a capela, ele diz que "certamente em Minas Gerais é a única e a mais antiga também, das capelas dedicadas à Santa Águeda. Falam-se, e a gente não sabe, que no Brasil são três ou quatro apenas".

Ele pretende que futuramente o local seja um ponto de missas da saúde e pela intercessão de Santa Águeda. O local tem missas às 19h em toda primeira sexta-feira do mês, além de ser aberto à visitação mediante agendamento com a paróquia.

Uma curiosidade do município é que ele tem "muitas pessoas com o nome de Águeda, a maioria, em decorrência à Santa Águeda".

Complexo da capela será revitalizado


O complexo que inclui a capela e o colégio de Santa Águeda teve a pedra fundamental lançada em 1945. Toda a ideia da construção foi do cônego Paulo Monteiro. Ele conseguiu na época uma imagem da santa, que atualmente fica guardada no colégio e a réplica é exposta na capela.

Segundo o secretário municipal de cultura, Emerson Bernardes, o complexo é patrimônio histórico tombado pelo município em 2020.

"Ele foi reconhecido pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico). E a partir desse ano, vai passar por um processo de pintura, revertendo na versão inicial, quando ele foi construído, que é uma cor amarelada." (Nayara Andery/ Especial para o EM.)


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