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Estado de Minas PANDEMIA

Apesar de decisão, viajantes em Confins não têm passaporte vacinal cobrado

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a valer nesta segunda, mas, segundo relatos, sem muito rigor nos aeroportos mineiros


13/12/2021 20:24 - atualizado 23/12/2021 21:58

 Passaporte da vacinação contra Covid19. Confins. Na foto, Welder Melo chegando de Lisboa com a esposa Simone Melo e o filho Arthur Melo
Começou a valer nesta segunda-feira (13), a exigência do passaporte vacinal. Na foto, Arthur Melo, Welder Melo e Simone Melo (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Quem chega ao Brasil é obrigado a apresentar o comprovante vacinal. É o que determina o Supremo Tribunal Federal (STF). A medida entrou em vigor nesta segunda-feira (13/12) nos aeroportos de todo o país. Porém, nada de rigor no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana, que recebe viagens estrangeiras em Minas Gerais.

É o que garante o advogado Welder Melo, de 59 anos. Ele, que estava em viagem a Lisboa, em Portugal, com a esposa e professora, Simone Melo, de 55, e o filho e músico, Arthur Melo, de 24, para resolver pendências pessoais, relatou não ter precisado apresentar o seu comprovante de vacinação para desembarcar em Belo Horizonte. Conforme ele, apenas o teste antígeno foi o suficiente. A comparação com o sistema de vigilância sanitária nos aeroportos portugueses foi inevitável.
 
“Os aeroportos, pelo menos de Lisboa, estão muito rigorosos. Passamos por três filas, e eles identificam com fitas nos braços, exigindo o passaporte da vacina e o teste. E, aqui, quando a gente chegou, eles só nos pediram o teste. E não foi o comprovante da vacina, em momento algum, de nenhum de nós três. Pediram somente o teste. Aliás, lá em Lisboa, tivemos que preencher um formulário da Anvisa, se não, não entrávamos no avião, mas só isso”, detalha.
 
O analista de produtos Lucas Paio, de 36 anos, também não precisou provar que se imunizou para entrar no Brasil após a temporada em Berlim, na Alemanha. Segundo ele, nem mesmo em sua escala em Portugal, o passaporte da vacina foi exigido: apenas no embarque em solo alemão.
 
Passaporte da vacinação Covid19. Aeroporto Internacional de Confins. Na foto, Lucas Veio da Alemanha
De volta ao Brasil, Lucas Paio conta que não precisou do passaporte vacinal para entrar no Brasil (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 
 
“Eu embarquei em Berlim, passei por Lisboa e cheguei em BH. Na fila do check-in, a atendente me pediu o comprovante de vacina, que eu tenho o da União Europeia, o aplicativo, me pediu teste de COVID negativo e os formulários da Anvisa e de Portugal, se tem sintomas ou não. Depois, ninguém mais me pediu comprovante de vacina, nem na entrada ao Brasil, nem em Portugal. Em BH, foi somente o meu passaporte pessoal e o teste”, afirma. 
 
A estudante Júlia Colchete, de 15, chegou ao Brasil com uma festa calorosa da família. Porém, pesar da tranquilidade de chegar ao país de origem, nada de exigências. Segundo ela, a única coisa que lhe foi pedida em solo brasileiro foi o seu passaporte. E não, não foi o vacinal. 
 
Confins. Passaporte da vacinação contra Covid19. Na foto, Julia dos Santos Colchete.
Julia Colchete recebeu uma recepção calorosa nesta segunda-feira na chegada ao aeroporto (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 
 
“Não me pediram comprovante de vacinação e nem teste de coronavírus na chegada ao Brasil. Cheguei de Dublin, na Alemanha, e fiz escala em Portugal, e percebi uma grande diferença de organização dos países em relação ao Brasil. Achei bem rígido nos outros locais, sempre pedindo o teste de COVID-19 e comprovante de vacina. Aqui não."
 
De acordo com a decisão do Supremo, a apresentação do passaporte de vacina só está isenta se houver impedimento médico, se o viajante for de país onde não haja vacinas a todos ou em situações excepcionais. Além disso, em razão do recente ataque aos sistemas do SUS, os brasileiros que encontrem dificuldades para comprovarem a vacinação, poderão apresentar teste PCR negativo.

ANVISA

 
O posto da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela fiscalização e controle nos aeroportos durante a pandemia, bem como pelo passaporte de vacinação, estava fechado no aeroporto de Confins durante parte da tarde desta segunda-feira. Na porta, um aviso informava que não “há, até o momento, qualquer orientação da OMS ou do Ministério da Saúde para inserir a comprovação de vacinação contra à COVID-19 no CIVP".
 
No entanto, em nota datada desta segunda-feira (13/12), a Anvisa informou que notificou todos os seus postos de fronteiras, especialmente de aeroportos, para o cumprimento imediato, da decisão de cobrança do comprovante de vacinação. Ainda, a entidade afirma que, haja vista o efeito imediato, sem prazo de adequação, há a necessidade de avaliações pontuais, especialmente em relação aos passageiros já em deslocamento ou em trânsito no momento em que a decisão foi emitida.
 
“Dessa forma, a Anvisa iniciou a cobrança do comprovante de vacinação ao mesmo tempo em que realiza as avaliações pontuais para os casos em que o viajante possa ser prejudicado pela mudança de regras entre o período de seu embarque e de sua chegada ao Brasil. A cobrança e orientação dos viajantes está sendo implementada ao longo desta segunda-feira (13/12) em todos os aeroportos com chegada de voos internacionais, de forma que os passageiros já foram interpelados em relação à exigência do documento”, diz a nota.
 
Por fim, a Anvisa afirma que aguarda a edição da portaria Interministerial com maior detalhamento das regras para a entrada de viajantes no Brasil a fim de que possa realizar adequações operacionais que se fizerem necessárias. 


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