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Estado de Minas COVID-19

Volta gradual à sala de aula

Poucas escolas reabriram as portas aos alunos do fundamental ontem em BH, o que deve ocorrer ao longo da semana ou, em algumas, só em agosto


22/06/2021 04:00 - atualizado 22/06/2021 00:10

Pais esperam filhos no Bernoulli, que ofereceu aulas presenciais já ontem para o ensino fundamental (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Pais esperam filhos no Bernoulli, que ofereceu aulas presenciais já ontem para o ensino fundamental (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Apesar de liberadas para retomar as atividades presenciais do ensino fundamental, diversas escolas particulares de Belo Horizonte decidiram adiar o retorno, o que deve ocorrer ao longo desta semana e da próxima em parte das instituições ou até em agosto, em outras. Na rede municipal, as portas se abriram para esse público, mas o movimento foi pequeno. Conforme o decreto da prefeitura publicado na sexta-feira, os estabelecimentos privados foram autorizadas a receber alunos do 1° ao 9° anos a partir de ontem. Já nas instituições públicas, o retorno contempla apenas estudantes até o 3° ano.

O Estado de Minas percorreu aproximadamente 10 escolas da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Entre as particulares funcionavam o Colégio Bernoulli Go e o Instituto Saramenha. Entre os públicos, havia movimento nas escolas municipais Marconi, Cesário Alvim e Aurélio Pires.

Colégios privados têm autonomia para definir a data do retorno conforme planejamento próprio. Alguns optaram por retomar as aulas presenciais a partir de agosto, após o recesso escolar de julho – caso do Colleguium e da Escola Americana. Outras instituições, como o Colégio Santa Doroteia, informaram que retomarão as aulas presenciais na semana que vem.

Após críticas e diante da melhora dos indicadores da doença na cidade, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) revogou os antigos protocolos sanitários que determinavam a divisão dos estudantes em microbolhas de seis alunos, duas vezes por semana. O Comitê de Enfrentamento à COVID-19 liberou o retorno às aulas dando às escolas a prerrogativa de definir o número de alunos por turma de acordo com o tamanho das salas de aula, desde que as carteiras sejam posicionadas a dois metros de distância uma das outras. O retorno é opcional. O tempo máximo de permanência na escola é de cinco horas.

A PBH também fixou mudanças para a educação infantil. Desde ontem, instituições que atendem crianças de até 5 anos de idade podem oferecer atividades em horário integral, ou seja, 8 horas. Até na semana passada, o limite era de quatro horas por dia.

EM CIMA DA HORA 


De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), o motivo do adiamento da data de retorno pela maioria das escolas foi o curto espaço de tempo que tiveram para se adequar às medidas impostas pelo decreto da PBH que trata sobre o tema, publicado no sábado, já sem as microbolhas, com as quais os colégios não concordavam.  “As escolas precisam de um tempo para se adequar ao decreto. Havia uma dúvida se o distanciamento seria de 2 metros ou 1 metro e meio, como em São Paulo. Então, elas não tiveram tempo para se preparar.”

ADAPTAÇÕES 

O Colégio Bernoulli foi um dos poucos que recebeu alunos do ensino fundamental ontem. Puderam retornar à escola os estudantes do 1º a 5º anos. “Estamos recebendo os alunos seguindo o protocolo da prefeitura, de 2 metros de distanciamento por criança nas salas de aula e o número de crianças por turma varia, a depender do tamanho do espaço da sala. Mas é em média um terço dos alunos”, explicou Andreza Félix, diretora do Bernoulli Go.

A diretora contou que o colégio fez uma pesquisa com as famílias sobre o retorno para definir sua estratégia. “Fizemos uma série de reuniões de esclarecimento do protocolo e da dinâmica da escola. E essa pesquisa mostrou quase 80% de disponibilidade para adesão ao retorno presencial nas turmas de 1º ao 5º anos. Não sabemos ainda se essa adesão vai se cumprir, mas a intenção das famílias foi nesse sentido.”

Segundo Andreza, além de uma série de adaptações físicas, a escola investiu na contratação de profissionais. “Auxiliares de classe, alguns docentes também para poder ampliar esse atendimento das famílias”, explicou. O colégio fez ainda uma adaptação na sua rotina de higienização e treinamento de colaboradores. Criou um comitê local de enfrentamento à COVID-19, além de investir em mudança na estrutura física. Segundo a diretora, foram destravadas as janelas e desinstaladas redes de proteção para que pudesse ter ventilação. Além disso, aparelhos de ar-condicionado foram desligados e, nas salas, há  sinalizações para marcar o distanciamento na unidade.

“A gente entende que cada família deve tomar a decisão que for mais adequada para a sua situação. Mas as que trouxeram as crianças demonstraram ter confiança nos protocolos que apresentamos. Estamos com a educação infantil desde o dia 26 de abril e temos tido um retorno tranquilo”, afirmou.

VOLTA OPCIONAL 


O Sinep reforça que o retorno é opcional. “O importante é ter dado essa possibilidade para as famílias que precisam deixar os filhos na escola”. Segundo o sindicato, a maior parte das escolas particulares deve retomar as atividades presenciais ao longo da semana. É o caso dos colégios Marista Dom Silvério e Padre Eustáquio, que reiniciam as atividades do ensino fundamental, gradualmente, a partir de hoje, começando pelo 1º ano. De acordo com a assessoria das duas escolas, reuniões virtuais com familiares dos alunos começaram a ser realizadas  para informar sobre as datas de retorno e medidas de segurança.

*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria



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