(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Vacina contra a gripe: saiba quem deve se imunizar e confira o cronograma

Doses começam a ser aplicadas nesta segunda (12/4), em campanha paralela à de imunização contra a COVID-19. Prazo entre as duas deve ser de no mínimo 14 dias


10/04/2021 04:00 - atualizado 10/04/2021 07:51

Mais de 8,4 milhões de pessoas fazem parte do grupo prioritário da vacina contra a gripe em Minas: as doses chegarão de forma escalonada (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Mais de 8,4 milhões de pessoas fazem parte do grupo prioritário da vacina contra a gripe em Minas: as doses chegarão de forma escalonada (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Neste ano, e muito provavelmente nos próximos, as autoridades sanitárias terão a difícil missão de realizar anualmente duas grandes campanhas nacionais de vacinação: contra os vírus influenza, causadores da gripe, e agora contra a COVID-19. E a largada para a primeira dobradinha de campanhas está dada, conforme o programa nacional. As primeiras doses do imunizante contra a gripe começam a ser aplicadas nesta segunda-feira (12/4).

Em Minas Gerais, o grupo prioritário da vacinação contra a gripe é de 8.433.043 pessoas. A exemplo do que vem ocorrendo na imunização contra a COVID-19, o envio das doses contra a gripe também será escalonado. Até essa sexta-feira (9/4), o Ministério da Saúde havia enviado 663.800 doses para Minas, o que corresponde a 7,87% do público que deve ser vacinado.
A 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa na segunda-feira (12/4) e segue até 9 de julho. O Ministério da Saúde deverá distribuir  80 milhões de doses. A contra a COVID-19 está em andamento desde janeiro e ainda não há prazo para sua conclusão.

Pelo ineditismo de as duas campanhas ocorrerem de forma simultânea, surgem muitas dúvidas sobre a vacinação. A primeira pergunta é: qual vacina tomar primeiro, se a contra a COVID-19 ou contra a gripe.

Especialistas ouvidos pelo EM aconselham que as pessoas dos grupos prioritários para proteção contra as duas doenças tomem primeiro a vacina contra a COVID-19 e aguardem o prazo de 14 dias para se imunizarem contra a gripe. Crianças e gestantes não tomam vacinas contra a doença provocada pelo novo coronavírus, uma vez que os imunizantes ainda não foram testados para esses grupos.

Diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando o programa nacional teve início com a vacinação de idosos, neste ano, a primeira fase da campanha contra a gripe se destina a crianças de até 6 anos, gestantes e puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde.

A vacina contra a influenza adotada em 2021 no Sistema Único de Saúde (SUS) é trivalente, com proteção contra três cepas do influenza: H1N1, H3N2 e a linhagem B/Victoria. Nos laboratórios da rede particular, já está disponível a vacina quadrivalente da gripe, que protege contra H1N1, H3N2 e dois tipos B.

Depois de vacinadas, as pessoas levam de 10 a 15 dias para criar anticorpos. A Rede Hermes Pardini aconselha o agendamento para receber o imunizante em casa.

A vacinação contra a gripe ocorre simultaneamente à imunização contra a COVID-19 pela primeira vez – mas poderá ser dessa forma todos os anos, uma vez que os especialistas não falam ainda de erradicação do novo coronavírus e, a exemplo, do vírus influenza, surgem novas cepas.

No ano passado, apesar de a pandemia estar disseminada, não havia vacina para combate ao coronavírus disponível e a imunização contra a gripe foi antecipada como estratégia para ajudar no diagnóstico das duas doenças, evitando que fossem confundidas entre si.

DISTRIBUIÇÃO 


A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que as 663.800 doses estão sendo distribuídas para as 28 unidades regionais de saúde e posteriormente aos municípios.

De acordo com a SES, o ministério repassará as doses da vacina da gripe de forma escalonada. A primeira remessa foi feita no dia 1º. As próximas três também serão feitas no decorrer deste mês, nos dias 14  (518 mil doses),  21 (508,8 mil doses) e 28 (609,2 mil). A última está prevista para 5 de maio, com 226,4 mil doses.

NA CAPITAL 


Belo Horizonte recebeu, até o momento, 86.800 doses da vacina contra a gripe. Na capital mineira, a estimativa é que sejam cerca de 3 mil crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias; 22 mil gestantes; 3 mil puérperas e cerca de 105 mil trabalhadores da saúde atuando em hospitais, Samu, centros de saúde e UPAs. A Secretaria Municipal informou que a meta é vacinar 90% do público.

“À medida que novas doses forem recebidas, Belo Horizonte ampliará os grupos a serem vacinados, respeitando este intervalo”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano Pimenta. A SES-MG orientou as prefeituras a informarem as datas aos grupos prioritários para evitar aglomerações.

O professor emérito da Faculdade de Ciências Médicas e epidemiologista José Geraldo Ribeiro, assessor de vacinas do Hermes Pardini, ressalta que as pessoas devem priorizar a vacina contra a COVID-19, mas não podem deixar de tomar a vacina contra a gripe.

"Todo ano, é importante se vacinar contra a gripe. Este ano é mais importante ainda. As doenças podem ser parecidas, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico", alerta. Outro motivo para se vacinar contra a gripe é evitar casos mais graves, uma vez que os serviços públicos hospitalares já estão superlotados para o tratamento do novo coronavírus. "A pressão e risco são maiores neste momento", completa José Geraldo.

ESTRUTURA 

Em todo o estado, haverá 3,5 mil salas de vacinação contra a gripe, conforme informou a SES. Na avaliação do infectologista Carlos Starling, os centros de saúde apresentam estruturas para realizar as duas campanhas de vacinação ao mesmo tempo.

"Está tudo preparado para que as coisas aconteçam dessa forma. Eles já vêm se preparando há muito tempo", diz o especialista, integrante do comitê científico que assessora o prefeito Alexandre Kalil na tomada de decisões no enfrentamento à COVID-19.

Corroborando a avaliação de Carlos Starling, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte informou que a vacinação será realizada em todos os centros de saúde, no horário normal de funcionamento. As exceções são as nove unidades de saúde que funcionam 24 horas.

“Nesta etapa, o grupo que se vacinará nas unidades é relativamente pequeno. Os centros de saúde têm estrutura para realizar as duas campanhas de forma simultânea, segura e eficaz”, afirma o subsecretário, Fabiano Pimenta.

A aplicação das doses em profissionais de saúde de hospitais, UPAs e Samu será realizada em cada instituição. “Quando o grupo for ampliado, vamos adotar estratégias diferenciadas, como, por exemplo, abertura de postos extras”, acrescenta o subsecretário.

No ano passado, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que tradicionalmente tem início em abril, foi antecipada para 23 de março. Foram vacinados 8,33 milhões de pessoas em Minas com idade entre 6 meses e 80 anos.

De acordo com estratégia definida pelo Ministério da Saúde, a vacinação acontecerá de forma escalonada. Confira:

Primeira etapa (12/04 a 10/05)


- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes e puérperas
- Trabalhadores de saúde 
- Povos indígenas

Segunda etapa (11/05 a 08/06)


- Idosos com 60 anos ou mais 
- Professores das escolas públicas e privadas

Terceira etapa (09/06 a 09/07)


- Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
_ Forças de segurança e salvamento
- Forças Armadas
- Caminhoneiros
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
- Trabalhadores portuários
- Funcionários do sistema prisional
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
- População privada de liberdade.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)