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Estado de Minas CENTRO DE BH

Justiça manda prender empresário suspeito de estuprar mulheres em loja

Inquérito concluído neste mês lista 11 vítimas. Polícia conta com ajuda da população para localizar o suspeito, que segue foragido


17/03/2021 11:33 - atualizado 17/03/2021 12:12

Denúncias podem ser feitas à Divisão Especializada em Atendimento à Mulher ao Idoso e a Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância, no Barro Preto, em BH(foto: Reprodução da internet/Google Maps)
Denúncias podem ser feitas à Divisão Especializada em Atendimento à Mulher ao Idoso e a Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância, no Barro Preto, em BH (foto: Reprodução da internet/Google Maps)


É considerado foragido o empresário de 29 anos suspeito de estuprar e assediar sexualmente mais de 10 mulheres. Alguns crimes foram cometidos na loja dele, situada em um shopping popular no Centro de Belo Horizonte.

A Justiça mineira decretou a prisão preventiva do suspeito, mas, até o momento, ele não foi localizado pela Polícia Civil. A instituição continua as buscas e conta com a ajuda da população para encontrar o homem. 

O inquérito sobre o caso foi concluído no início deste mês e apresentado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (17/3). “As mulheres usaram as redes sociais para relatar abusos dentro da loja e em outros lugares. Quatorze mulheres foram ouvidas e 11 foram consideradas para fim de indiciamento. O suspeito foi indicado por estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual”, detalha a delegada Larissa Mascotte, responsável pelas investigações. 

“Algumas vítimas não compareceram (à delegacia), tendo em vista que duas delas sofreram ameaças por parte do suspeito. A (prisão) preventiva foi pedida pela Polícia Civil tendo em vista a gravidade dos fatos, a reiteração criminosa e as ameaças às vítimas. Ele disse que tinha uma arma de fogo e era amigo de vários policiais civis”, conta a delegada.

O criminoso ainda tentava intimidar as vítimas alegando ter influência com policiais. “Não foi apurada qualquer ligação do suspeito com policiais. Ele teria usado esse argumento apenas para amedrontar uma das vítimas”, completou a delegada Larissa Mascotte. 

Delegada Larissa Mascotte, responsável pelas investigações, disse que ao menos duas mulheres foram ameaçadas(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Delegada Larissa Mascotte, responsável pelas investigações, disse que ao menos duas mulheres foram ameaçadas (foto: Polícia Civil/Divulgação)
Segundo ela, as vítimas eram funcionárias, clientes e também mulheres a quem ele propunha parcerias para divulgar as roupas que ele comercializava na loja. As vítimas identificadas têm entre 18 e 28 anos. 

De acordo com a delegada, os crimes na loja ocorriam no provador, quando as mulheres entravam para se vestir. Os relatos dão conta que ele abria a cortina e as atacava.

No caso do estupro de vulnerável, a vítima contou que ele fez uma proposta de parceria e a chamou para uma reunião na casa dele para passar o material que seria divulgado nas fotos. Lá, ela foi dopada após ingerir uma bebida oferecida pelo suspeito e, ao acordar, percebeu que havia sido estuprada. 

Os dois primeiros casos de abuso envolvendo o empresário foram relatados em 2017 e 2018. Um foi remetido ao Juizado Especial Criminal e o outro gerou um processo que está em fase de instrução. As demais denúncias chegaram em 2020, quando a investigação que levou ao inquérito começou.

Suspeito nega crimes


“O suspeito foi ouvido antes da (decretação de) prisão preventiva. Ele negou a autoria dos delitos, admitiu alguns fatos como verdadeiros, mas alegou que elas estão buscando vingança e engajamento nas redes sociais. Ele afirmou que fez interpretações errôneas a respeito de algumas situações que foram vivenciadas com as vítimas e que ele teria, inclusive, pedido desculpas a algumas dessas vítimas”, afirma a delegada Larissa Mascotte. 

A loja de roupas no shopping popular está fechada desde as denúncias. De acordo com Larissa Mascotte, a advogada do suspeito sabe do mandado de prisão. Já foram feitas várias diligências na casa dele e nas residências de parentes, mas o homem se encontra em local incerto e, em função disso, se encontra na condição de foragido. 

Por conta da Lei de Abuso de Autoridade, a polícia não divulga o nome ou fotos do suspeito.

Chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher ao Idoso e a Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância, a delegada Isabella Franca faz um apelo: “Vale ressaltar que qualquer pessoa que tiver informações do paradeiro do suspeito, o telefone para contato é o (31) 3330-5710, o telefone da delegacia especializada. É de forma anônima”, reforçou. Além disso, as denúncias podem ser feitas também pelo telefone 181.


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