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Estado de Minas Animais

Pit bull que perdeu duas patas voltou a caminhar

Cachorro vítima de maus-tratos, que deu origem a lei que pune agressores de pets, ganha prótese feita nos Estados Unidos e faz ''fisioterapia''


06/03/2021 04:00

Sansão comoveu o país e ganhou aparelho com rodas logo após a agressão. Agora, ele recupera os movimentos com a ajuda de aparelhos e exercícios (foto: Nathan Pereira/Divulgação)
Sansão comoveu o país e ganhou aparelho com rodas logo após a agressão. Agora, ele recupera os movimentos com a ajuda de aparelhos e exercícios (foto: Nathan Pereira/Divulgação)

Sansão, o cachorro da raça pit bull que teve suas patas traseiras arrancadas por agressores com o uso de um facão, pôde dar os primeiros passos. Com ajuda de uma prótese desenvolvida em Denver, nos Estados Unidos, e doada pela associação de proteção animal Patas Para Você, o cachorro começou a andar novamente. “Estou muito feliz com a recuperação dele. Estamos com ele desde filhotinho, acompanhamos tudo. Fiquei bem emocionado, estou muito feliz por ele”, afirma Nathan Braga, tutor do cachorro.

O pit bull ficou famoso nas redes sociais e foi alvo de diversas manifestações a favor de normas mais severas contra atos cruéis a animais. Por isso, foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em setembro de 2020, uma nova lei que criminaliza maus-tratos. Ela ficou conhecida como Lei Sansão. Segundo Nathan, a influência de Sansão é 'gratificante'.

“As pessoas mandam muitas mensagens. Eles param a gente na rua. Falam que ele é um grande símbolo e que mudou a história no Brasil. É uma história triste, mas que felizmente deixou um legado”, conta. Apesar de só ter sido possível substituir uma das duas patas do cachorro, Sansão tem feito muito progresso. Através de vídeos, Nathan compartilha todos os dias a rotina do cachorro, que ganhou o coração do Brasil.

O Projeto de lei 1.095/2019 se transformou na Lei federal 14.064/2020 (Lei Sansão). A ação foi uma alteração da Lei de Crimes Ambientais, que agora inclui um capítulo sobre cães e gatos. A lei, agora, aumenta o castigo para maus-tratos, cuja pena vai de 2 a 5 anos de reclusão, multa e perda da guarda do animal.

Hospital 


Além da proteção contra os maus-tratos, os animais vão receber cuidados médicos em Belo Horizonte. A capital vai ganhar, na segunda-feira, um hospital público veterinário. Ele começa a funcionar no dia seguinte. O Hospital Público Veterinário de Belo Horizonte (HPVBH) pretende prestar atendimento gratuito para cães e gatos de famílias que residem na cidade e que não conseguem custear os tratamentos veterinários.

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, serão oferecidos gratuitamente atendimentos de urgência, consultas, exames de imagem, exames laboratoriais, especialidades médicas, cirurgias de esterilização, cirurgias gerais e internação. O Hospital Público, idealizado pelo deputado estadual Osvaldo Lopes (PSD), fica na Rua Bom Sucesso, 731, bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e terá capacidade para atendimento de pelo menos 30 cães e gatos por dia.

Para o gerente de defesa dos animais, Leonardo Maciel, o projeto permite vários benefícios sociais para a população, pois atua no controle de zoonoses, reduzindo a transmissão de doenças e evita o abandono de animais, causando melhorias no trânsito, com a redução de acidentes por atropelamento nas vias públicas. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), e a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – Seção São Paulo (Anclivepa-SP).

Ainda segundo a PBH, “para dar início ao funcionamento da unidade, a prefeitura investe aproximadamente R$ 1 milhão na operação do HPVBH, incluindo os custos de adequação do espaço, compra de equipamento e contratação de pessoal”. Segundo o coordenador-geral veterinário das unidades operacionais da Anclivepa-SP, Luiz Wilson de Oliveira Jr, “os profissionais que vão atuar no hospital são contratados por nossa equipe, e no primeiro mês contratamos veterinários especialistas e residentes, auxiliares de enfermagem (para áreas: curativo, medicação, coleta, centro cirúrgico e internação), auxiliares de limpeza e serviços gerais, técnicos de radiologia e esterilização, vigia e recepcionistas, todos de BH, para passarem a atuar na operação”. E completa dizendo que “a equipe é gerenciada por um coordenador veterinário”.

Atendimento 


Os atendimentos ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, e aos sábados serão prorrogados até as 20h. Os documentos necessários para atendimento são identidade, CPF e comprovante de residência em Belo Horizonte. A ordem dos atendimentos será por meio de senhas distribuídas a partir das 8h. Para cirurgias, terá que ser feito um agendamento prévio. O secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, avalia que, com essa parceria, Belo Horizonte passa a ter um hospital de referência para o tratamento dos animais. Com uma gestão profissional e engajamento da sociedade em prol dos direitos dos animais, o projeto tem tudo para avançar.

*Estagiárias sob supervisão do subeditor Daniel Seabra





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