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Estado de Minas ENFRAQUECIMENTO

Greve de caminhoneiros mantém baixa adesão nas rodovias de MG

Principais associações da categoria se divergem, e movimento se enfraquece no estado. São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia registram pontos de manifestação


01/02/2021 18:31

Movimento nas estradas de Minas seguiu fluxo normal por causa da baixa adesão da grave(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Movimento nas estradas de Minas seguiu fluxo normal por causa da baixa adesão da grave (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
 
A primeira segunda-feira de fevereiro foi marcada pela baixa adesão de protestos de caminhoneiros que iniciaram greve ao redor de todo o país. São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia foram alguns dos estados que logo na manhã sofreram com a paralisação da categoria. Em Minas, porém, o fluxo nas principais rodovias que cruzam o estado foi normal, sem prejudicar o trânsito, de acordo com monitoramento da Polícia Rodoviária Federal.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) afirmou, em nota, que alguns caminhoneiros aderiram à greve m Montes Claros, no norte de Minas, mas o movimento foi curto. Concessionárias que administram a BR-040 e a Fernão Dias (entre Belo Horizonte e São Paulo) afirmaram que as vias não apresentaram pontos de lentidão.

O que justificou a baixa adesão no estado foi o fato de nem todas associações, grupos ou federações apoiarem o movimento. A Federação dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetramig) foi um dos grupos contrários à greve. "Não é momento de uma paralisação. O país está vivendo uma pandemia. Desabastecer o país agora seria uma covardia. As famílias já estão em casa e não podem sair e ainda ficarem cerceadas com alimentos e outros itens não seria correto. A produção no país já está escassa e faltam muitos itens nesse momento. Não é certo fazer isso agora", afirma Gilmar Carvalho, presidente da Fetramig.

Depois de participar da grave geral em 2018, ele acredita que o cenário agora para os caminhoneiros não foi desastroso como naquele período: "Quem chamou a paralisação agora não teve muita representação, que foi idealizada pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Mas acredito que os transportadores tiveram bastante trabalho em 2020, que foi positivo".

Quem também se mostrou contrário ao movimento foi a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas e Bens do Estado de Minas Gerais (Fetac-MG). “Reconhecemos integralmente as dificuldades do trabalhador autônomo.O valor do frete defasado, o valor desenfreado do diesel, além de outras reivindicações que deixamos de enumerar. Entretanto, apesar de nos encontrarmos em situação de esquecimento, por parte das autoridades competentes, estamos vivendo momentos penosos. Não podemos nos esquecer de que vivemos horas angustiantes, tristes e algumas vezes doloridas por perda de parentes e amigos, atacados pela COVID-19”, disse a nota da entidade.
 

Movimentos no país


Apesar de enfraquecida, a grave contou com movimentos isolados em vários estados. Em Mossoró (RN), caminhoneiros ocuparam a BR-304, com saída para Fortaleza, protestando pelo aumento do valor do diesel e pela falta de um tabelamento do valor do frete. A paralisação teve início às 9h desta segund-feira (1º/2) e o trânsito, até a publicação desta matéria, seguia lento no local. Pneus e alguns objetos foram queimados na região, mas foram retirados pela Polícia. Não há registro de vias paralisadas, apenas de fluxo lento.

O Conselho Nacional de Transportes Rodoviário e de Cargas (CNTRC) ainda informou que a greve teve início hoje e não há previsão de término. Em nota, o Ministério da Infraestrutura alegou que, além do movimento em Mossoró (RN), os demais trechos permaneceram com trânsito tranquilo. "Todas as outras rodovias federais, concedidas ou sob gestão do DNIT, encontram-se com o livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial".

Já o km 30 da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, próximo a Barueri, foi bloqueado em duas faixas, por volta das 6h. Os trabalhadores protestaram contra o governador João Dória (PSDB), pelos pedágios abusivos e pedindo a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Os trabalhadores caminharam nas duas faixas até as 10h e a liberaram, seguindo para um terminal no km 19,5 da rodovia.

Cerca de 100 caminhoneiros em Salvador (BA) também aderiram à paralisação e protestam na BA-256, Estrada Cia-Aeroporto. De forma pacífica, o grupo foi caminhando em direção à BR-324 e ocupou o acostamento e uma faixa da rodovia. Em Feira de Santana, município baiano, uma paralisação foi interrompida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando o grupo tentou criar bloqueios na rodovia. Os caminhoneiros, porém, planejam uma nova paralisação, às 14h em Cidade Nova. Durante a manhã, em Itati, também na Bahia, um grupo protestou na BR-116 e bloqueou a pista com pneus e outros objetos queimados.
 
*Estágiários sob supervisão do... 


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