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Estado de Minas

Páginas de um ano de medo e luto

EM seleciona 12 capas que mostram como a COVID-19 abalou o mundo, desnorteou o Brasil e dominou o noticiário em 2020


30/12/2020 04:00 - atualizado 30/12/2020 08:23

Reprodução
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"Tempos sombrios": era essa a manchete que estampava a capa da edição de 10 de março de 2020 do  Estado de Minas. Àquela altura, a redação já havia trabalhado o equivalente a um ano inteiro com as coberturas do Caso Backer e das chuvas recordes que assolaram Minas Gerais nos primeiros meses do ano. Naquele momento, porém, mal sabíamos o quanto o jornalismo seria exigido ainda em 2020 diante dos efeitos da pandemia da COVID-19. E foi a partir das capas que o EM pôde eternizar o desafiador, ainda que pelo lado negativo, ano que fecha a década de 10.

No mês de abril, o Brasil bateu a marca de 1 mil mortes por COVID-19. Enquanto os especialistas em epidemiologia alertavam para as medidas de segurança contra o coronavírus, Jair Bolsonaro ignorava as recomendações: "Evite aglomerações", alertava a capa do 11° dia daquele mês, acompanhada de uma foto do chefe do Executivo federal cercado de pessoas. Dias depois, 29, o próprio presidente deu a manchete: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?", questionou, como quem tivesse razão, ao comentar o salto de óbitos no país.

Capas que tiveram como pauta principal a desordem do governo federal no combate à pandemia foram comuns durante o ano: as de 18 de maio (demissão de Nelson Teich), 7 de junho (site do Ministério da Saúde fora do ar), 20 de junho (1 milhão de casos), 9 de agosto (100 mil mortes) e 13 de dezembro (atraso da vacinação) viralizaram nas redes sociais. As vidas perdidas para o coronavírus também estamparam as capas do EM. Em 5 de maio, o jornal homenageou o compositor Aldir Blanc, que perdeu a vida para a virose: todas as manchetes eram trechos de sua arte. Em 14 de junho, o especial “Vidas que se foram para salvar vidas” contou a história dos médicos que morreram no “front”.

 

 


No jornalismo, a ambiguidade costuma ser inimiga do repórter. Porém, na capa de 2 de junho ela serviu como antídoto para dominar o noticiário quente daquele período. "O ano em que não podemos respirar" fazia alusão tanto à crise da COVID-19 quanto à sequência de protestos pela morte de George Floyd nos Estados Unidos, assassinado pelo policial Derek Chauvin em Minneapolis. Causada por um sufocamento que durou oito minutos, a morte de Floyd desencadeou uma série de manifestações contra o racismo nos EUA.

Além de levar informação ao leitor da maneira mais criativa possível, os trabalhos renderam prêmios internacionais. A 22ª edição do The European Newspaper Award, um dos mais respeitados do setor editorial, premiou o EM por cinco trabalhos: três capas e duas páginas duplas do suplemento Pensar. As primeiras páginas “Brasil sem rumo” e “A guerra que o Brasil perdeu” foram premiadas na categoria especial Crise do Coronavírus. Os jurados também reconheceram a capa “No limite: Incêndio na Serra da Lapinha”, lembrada na categoria Primeira Página/Notícias Locais.

Já o suplemento Pensar, publicado às sextas-feiras, foi reconhecido na categoria Especiais pelos trabalhos “Como nasce o fascismo”, a respeito do livro M – O filho do século, do italiano Antonio Scurati; e “O mistério do fim da existência”, sobre o romance Crocodilo, do brasileiro Javier Contreras.


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