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Estado de Minas LESTE DE MINAS

Valadares: corpo de jovem que se afogou no Rio Doce continua desaparecido

Matheus Alves, de 18 anos, nadava com amigos na tarde de domingo quando foi levado pela correnteza, no Bairro Santa Rita, em Governador Valadares


14/09/2020 17:06 - atualizado 14/09/2020 17:49

O Rio Doce está muito poluído e em alguns pontos as correntezas são fortes, ambiente traiçoeiro para banhistas(foto: Ailton Catão)
O Rio Doce está muito poluído e em alguns pontos as correntezas são fortes, ambiente traiçoeiro para banhistas (foto: Ailton Catão)
O Corpo de Bombeiros de Governador Valadares continua fazendo buscas no Rio Doce, tentando encontrar o corpo de Mateus Alves Pereira dos Santos, de 18 anos, que desapareceu nas águas do rio na tarde de domingo (13/9). Matheus nadava próximo à margem esquerda com mais cinco amigos, no Bairro Santa Rita, quando foi levado pela correnteza. As buscas começaram logo depois do afogamento e prosseguiram nesta segunda-feira (14), sem êxito.
Apesar de o rio estar com águas impróprias para banhistas desde que a Barragem de Fundão se rompeu em Mariana, em 5 de novembro de 2015, e a lama chegou ao Doce, destruindo toda a vida aquática e trazendo metais pesados, os garotos decidiram se arriscar. Alegaram que os banhos naquele ponto do rio são costumeiros e que o dia de forte calor na cidade contribuiu para o momento de lazer, que acabou em tragédia.

Weverton Lucas, um dos garotos que estavam com Matheus, disse que o colega não sabia nadar. Era o único inexperiente do grupo. Contou que Matheus caiu no rio, em um remanso, conseguiu dar algumas braçadas, mas logo foi em direção à correnteza, emergindo e submergindo. “Ele gritou pedindo ajuda várias vezes, tentei salvar, mas não consegui”, disse.

Os bombeiros chegaram ao local do afogamento às 14h45 de domingo. Nos primeiros procedimentos para resgatar o corpo, fizeram mergulhos livres, chamados de “pistão”. Como a água estava muito turva e a área é cheio de pedras, que formam locas, os mergulhadores fizeram novos mergulhos, porém, com equipamento apropriado e com tubos de oxigênio. Tudo em vão. A correnteza forte e a turbidez da água frustraram a ação de resgate do corpo.
 
 

Bombeiros orientam a população a não nadar no Rio Doce

Os bombeiros orientam que, mesmo com o tempo de calor se aproximando, é melhor evitar o banho nas águas do Rio Doce, não apenas por serem impróprias por causa da poluição e do esgoto doméstico que é despejado no leito, mas também pela falsa impressão transmitida pelo espelho d’água. Parece estar calmo e raso, mas existem pontos profundos e correntezas repentinas, criando situações de afogamento.


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