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Estado de Minas

Polícia suspeita que abatedouro clandestino vendia carne equina como bovina

Carcaças de animais foram encontradas em valas numa fazenda de Guarani, na Zona da Mata; polícia vai investigar se donos de açougue eram coniventes ou se também eram vítimas


19/08/2020 17:31 - atualizado 19/08/2020 17:45

Policial fotografa uma das valas usadas para descarte das carcaças dos animais(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Policial fotografa uma das valas usadas para descarte das carcaças dos animais (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Na Zona Rural de Guarani, na Zona da Mata, policiais civis descobriram valas com carcaças de equinos, suínos e bovinos, e desmontaram um local de abate clandestino. A carne, segundo levantamento feito pelos detetives, seria distribuída por açougues da região.

A operação teve início nas primeiras horas da manhã dessa quarta-feira (19) e foi motivada pelo aumento do registro de roubo de animais na região, segundo o delegado José Luiz Quintão, da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).

 

Uma vez detectada a fazenda que seria o local de abate clandestino, foi montada uma operação, em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

 

O delegado encaminhou à Justiça o inquérito com as investigações, conseguindo com que fosse emitido um mandato de busca e apreensão, que permitiu a entrada dos policiais na propriedade rural.

 

Na fazenda, foram encontradas valas com várias carcaças de equinos. “As carcaças apresentavam vários estágios de decomposição, evidenciando que a prática deste crime é recorrente na fazenda”, diz o delegado.

As carnes eram acondicionadas em péssimas condições de higiene(foto: Polícia Civil/Divulgação)
As carnes eram acondicionadas em péssimas condições de higiene (foto: Polícia Civil/Divulgação)

A carne era acondicionada num local com péssimas condições de higiene e foi interditado pelo IMA. As investigações apontam também que a carne equina estaria sendo comercializada como se fosse bovina.

 

O próximo passo dos policiais será apurar se os proprietários dos açougues que comercializavam a carne tinham ciência da procedência dela ou se também eram vítimas.

 

“Os suspeitos poderão responder por crimes de maus tratos de animais, falta de licenciamento ambiental, furto e roubo de animais e poluição ambiental”, informa o delegado Quintão. O proprietário da fazenda não foi encontrado. Contra ele, pesa um mandado de prisão. 


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