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Estado de Minas ESSENCIAIS

Betim: profissionais da saúde reclamam de falta de ônibus e vans para trabalhar

Desde o início da pandemia, horários dos ônibus foram reduzidos e algumas linhas deixaram de circular aos finais de semana, o que prejudica sobretudo os profissionais de plantão


17/08/2020 17:49 - atualizado 19/08/2020 13:45

Trabalhadores da UPA Alterosas, em Betim, relatam que a redução do transporte público neste período de pandemia trouxe transtornos(foto: Reprodução/Vídeo)
Trabalhadores da UPA Alterosas, em Betim, relatam que a redução do transporte público neste período de pandemia trouxe transtornos (foto: Reprodução/Vídeo)

Chegar aos seus postos de trabalho no horário certo para dar início aos plantões. É só o que reivindicam trabalhadores do Hospital Regional e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alterosas, em Betim, na Região Metropolitana de BH (RMBH). Desde o início da pandemia da COVID-19, os horários do transporte coletivo no município foram reduzidos e algumas linhas deixaram de circular aos finais de semana, deixando centenas de profissionais sem opções de transporte. 

Um vídeo divulgado em redes sociais mostra um protesto realizado por profissionais da UPA Alterosas, que fazem um apelo à prefeitura por mais estrutura para irem e voltarem do trabalho. Confira:

 

A agente de higienização do Hospital Regional de Betim, Luzia Arifa, de 53 anos, trabalha em regime de plantão e tem dificuldade para chegar ao trabalho. Segundo ela, as linhas estão com poucos ônibus circulando e os horários não coincidem com o dos funcionários do hospital. “Todos os dias, tenho tido um atraso de uma hora no cartão de ponto. A van que eu pego, a 61,  para ir trabalhar, começa a circular às 7h. Este é o horário em que eu já deveria estar no trabalho”, reclama Luzia.

Luzia pontua também que a situação piora nos fins de semana. “Quando a gente sai do plantão, no domingo à noite, é ainda pior. O último horário da van é às 20h10. Muitas vezes, reunimos as colegas que moram no mesmo bairro ou próximas e pegamos Uber, mas eu não tenho condições de arcar com essa despesa todo fim de semana. Essa é uma realidade não só do Hospital Regional, mas do Mater Dei, da Unimed, das UPA´s, todo mundo da área da Saúde está sofrendo”.

 

Com a escassez dos ônibus, Kelly Cristina de Castro Guimarães, de 46 anos, agente de limpeza do setor cirúrgico do Hospital Regional, pontua que teve que mudar o horário de seu plantão. “Tive que alterar meu horário porque todos os dias eu estava devendo 30 minutos na folha de ponto. Minha gerente me autorizou a cumprir um horário que nem existe formalmente dentro do hospital. Tudo isso porque não há ônibus disponível”, explica Kelly que faz o uso do ônibus 315B.

Kelly conta ainda que, no final de semana, depende da carona do marido para levá-la e buscá-la no hospital. “São 55 quilômetros ao todo, de ida e volta. Agora, tenho um custo de R$ 200 de gasolina só para trabalhar no final de semana. A empresa poderia reduzir a frota, desde que colocasse horários que atendessem os trabalhadores essenciais”.  

 

A situação se repete com quem trabalha na Unidade de Pronto-Atendimento do Bairro Alterosas. Uma servidora que não quis se identificar conta que, desde o início da pandemia, tem sentido dificuldade em chegar ao trabalho. “Tenho dois aplicativos no celular, que informam os horários das vans, mas estão informando errado ou não atualizam. Não estão sendo transparentes. Eu tenho que pegar duas linhas para chegar à UPA, mas, por causa das poucas opções de horário, tenho andado cerca de 30 minutos a pé para conseguir chegar a tempo no trabalho”.

A servidora conta que já reclamou diversas vezes com a empresa responsável pelas vans. “Eu ligo, mas eles falam que é o que dá para fazer, que caiu o número de passageiros nesse período da pandemia e, por isso, diminuíram os horários”.  

 

Transbetim sugere aplicativo

 

Em nota, a Prefeitura de Betim respondeu que a redução no quadro de horários do transporte público se deu devido à demanda de usuários, que caiu consideravelmente no período da pandemia. Segundo a nota, houve redução de 49% no número de viagens e 64% no número de passageiros.  

 

Sobre a reivindicação quanto a horários que atendam os trabalhadores da Saúde, a nota diz “o sistema de transporte público municipal de Betim possui muitas sobreposições, ou seja, linhas que fazem praticamente o mesmo itinerário. Para evitar mais prejuízo, às linhas 131, 210A, 260A, 260B, 261, 270, 412, 414, 710A, 710B, 710C do sistema STPCO, que possuem grande sobreposições com as linhas do STPBC, passaram a ter seus atendimentos supridos pelas linhas correspondentes do sistema STPBC aos finais de semana”.

 

A diretora-executiva da Transbetim, Vânia Elias, ressalta que a empresa segue fazendo adequações diariamente, e que estão abertos ao diálogo. “No aplicativo ClicaBus, o usuário pode fazer reclamações, dar sugestões, É através desse meio que entenderemos uma nova demanda. Sendo observada a necessidade, medidas serão tomadas”, promete a diretora. 

 

 

 

 


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