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Estado de Minas

Quatro são presos nos tumultos de reintegração de fazenda em Campo do Meio

Os presos são três homens e uma mulher. Policiais encontraram substância inflamável e rojões com os suspeitos presos no Sul de Minas


15/08/2020 11:25 - atualizado 17/08/2020 10:13

(foto: MST/Assentamento Oziel Alves Pereira/Divulgação)
(foto: MST/Assentamento Oziel Alves Pereira/Divulgação)
Quatro pessoas presas, três homens e uma mulher. Esse é o saldo do tumulto pela reintegração de posse da Usina Ariadnópolis, em Campo do Meio, no Sul de Minas. a ação visa a retirada do Quilombo Campo Grande, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

O momento de maior )ensão foi em consequência da chegada de um trator para a derrubada da escola Eduardo Galeano. Desde então, houve uma reação dos quilombolas, que não concordavam em cumprir as ordens recebidas pela Polícia Militar, de retirada do grupo das terras que seriam devolvidas a seu proprietário.

A tensão durou toda a sexta-feira (14) – o processo de reintegração teve início na última quarta-feira (12). Na noite de sexta-feira, o momento mais tenso, que acabou resultando nas prisões.

Segundo relatos de policiais militares, muitos quilombolas usaram crianças para tentar impedir a aproximação da PM. Os pais das crianças foram identificados e acabaram autuados.

Antes das prisões, os militares chegaram a uma residência, conhecida por "Casa do Cícero”, onde foi encontrado um tonel com 20 litros de substância inflamável, duas caixas de rojões intactos, bandeiras do movimento MST, três estilingues e quatro celulares.

Foi onde aconteceram as prisões, segundo a PM, com base nos artigos 284 e 292 do Código de Processo Penal Brasileiro. Os presos têm as idades de 23, 53 e 60 anos, os homens, e 27 anos, a mulher. Todos foram levados para a Santa Casa de Alfenas, onde fizeram exames de corpo delito e, em seguida, foram presos.

A assessoria do MST explicou que as famílias do acampamento em Campo do Meio não são quilombolas, mas ex-trabalhadores da usina falida que ocuparam os terrenos por não receberem as dívidas trabalhistas calculadas à época do fechamento da empresa. Destaca também que o nome Quilombo Campo Grande é uma homenagem do MST ao antigo quilombo que abrigou há mais de um século e meio os escravos e ex-escravos. Quanto à prisão dos quatro integrantes, segundo a assessoria do movimento, eles foram soltos no mesmo dia "por falta de provas" e todos passam bem.


Despejo encerrado

Nessa sexta-feira (14), uma comissão de deputados estaduais e federais do PT esteve no Quilombo Campo Grande. Os parlamentares acordaram, junto à Polícia Militar, a paralisação da operação. Ficou acertado que a PMMG não irá avançar sobre outras áreas do assentamento.
 

Colaborou Guilherme Peixoto.


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