
Carlos César foi preso no último sábado, quando a adolescente chamou a polícia para socorrê-la. Ela estava na casa do autor. Ao ser preso, o acusado foi flagrando por sequestro de vulnerável, porte ilegal de arma, posse de munição e ainda crimes contra a fauna, uma vez que foram encontrados pássaros sem registros em sua casa.
Ao investigar crimes passados, policiais encontraram casos semelhantes, com o mesmo modus operandi. Num inquérito de 2016, que tem como vítima também uma adolescente, de 16 anos, o agressor foi descrito pela vítima como sendo um homem com as mesmas características físicas do preso. A forma violenta de abordagem e ameaças também são semelhantes às empregadas no caso de sábado.
Em janeiro deste ano, uma mulher de 19 anos registrou ocorrência de estupro. Na manhã desta quarta-feira (12/8), essa vítima esteve na Depca e reconheceu Carlos como o autor do crime, ocorrido também na Região Norte de Belo Horizonte.
O Delegado responsável pelo caso, Diego Lopes, diz acreditar que o suspeito tenha feito outras vítimas. “É pouco provável que um homem com esse perfil violento tenha ficado quatro anos sem cometer crimes. Foram dois estupros em 2020 e um em 2016. Acredito que existam outras vítimas que irão reconhecê-lo.”
Em seus depoimentos, todas as vítimas contaram que Carlos se apresentava como policial, mostrava uma arma e ameaçava matar toda a família da vítima caso ela decidisse denunciá-lo. Os crimes aconteciam dentro do carro do suspeito, um astra vermelho. O veículo e o revólver mencionados pelas vítimas foram apreendidos na noite do flagrante.
O delegado informa que a investigação referente ao crime ocorrido no sábado foi concluída. Carlos foi indiciado por estupro de vulnerável, porte ilegal de arma, sequestro, posse de munição e ainda crimes contra a fauna.
Pedido de ajuda
A delegada Iara França, que também está participando das investigações, orienta que, caso alguma mulher reconheça o suspeito como autor de outros crimes, procure a Polícia Civil. “As mulheres podem procurar a Depca ou a Delegacia de Atendimento à Mulher para fazer a denúncia. A Polícia Civil está apta a recebê-las.”
