Enquanto vivemos o que pode ser considerado o momento mais difícil dos últimos 100 anos na história da humanidade, qualquer esperança pode ser um alento. Nos céus de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (19/5), apareceu esta:
O arco-íris, a ciência explica, resulta de fenômeno ótico e meteorológico. A luz do sol rebate em gotículas de chuva e se separa nas matizes de seu espectro.
Desde sempre, contudo, as pessoas buscaram algo mais naquela imagem. De acordo com o Dicionário de Símbolos de Herder Lexikon, trata-se do “Símbolo da união entre o céu e a terra”. A tradição talmúdica apregoa que o arco-íris foi feito na noite do sexto dia da criação.
Para o povo krenak, alguns dos habitantes originais do território que mais tarde seria Minas Gerais, o arco-íris é uma serpente que saía do Watu (o Rio Doce) para contar os mistérios do tempo.
“Na mitologia grega, é a personificação de Íris, a mensageira dos deuses. A interpretação simbólica das cores do arco-íris depende das cores que se podem distinguir; na China, conhecem-se aproximadamente cinco, cuja síntese é simbolizada pela união de yin e yang”, informa o dicionário.
Conforme a tradição judaico-cristã, depois do Dilúvio, Deus colocou no céu um arco-íris como sinal de sua aliança com os homens. Nesse sentido, Cristo reina, por exemplo, nas representações medievais do Juízo Final tendo como trono um arco-íris. Por isso, ele também se tornou um símbolo da Virgem Maria, a mediadora da conciliação.
Uma escada de sete cores pavimentou a descida de Buda.
“Eu ainda acredito que depois de toda chuva surge o arco-íris. Que Deus não erra. Que se for pra acontecer, vai acontecer. Que nada nessa vida é em vão. Que todo esse sofrimento vai se transformar em um aprendizado. Que tudo na vida é questão de fé”, escreveu Caio Fernando Abreu.