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Estado de Minas

Saiba por que mais pessoas se intoxicaram com cerveja no Buritis

Segundo a Polícia Civil, ao todo foram 10 vítimas no bairro da Região Oeste de Belo Horizonte. Inquérito foi apresentado nesta terça-feira


postado em 09/06/2020 11:29 / atualizado em 09/06/2020 13:25

Primeiros casos da doença provocada pelo dietilenoglicol foram noticiados no Buritis(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Primeiros casos da doença provocada pelo dietilenoglicol foram noticiados no Buritis (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


Durante a apresentação do resultado do inquérito que investigou a contaminação de cervejas da fabricante mineira Backer por dietilenoglicol, a Polícia Civil explicou o motivo de boa parte dos pacientes vítimas da síndrome nefroneural, ligada à ingestão da substância, terem sido identificadas no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. 

Primeiramente, o delegado Flávio Grossi, responsável pelas investigações, informou que o total de vítimas mudou. Eram 42, mas 13 foram retiradas do inquérito ao longo dos cinco meses de investigação, sendo três por se recusarem a fazer exames e 10 por fatores médicos ou de apuração. Assim, a Polícia Civil trabalha com 29 vítimas, sete fatais e 22 sobreviventes. Além disso, ainda há 30 pessoas em análise. 


Segundo a polícia, 10 vítimas se contaminaram no Buritis, mais de um terço do total. O motivo está relacionado à distribuição das bebidas no fim do ano passado. O delegado explicou que, via de regra, as grandes redes de supermercados compram as cervejas e remetem aos centros de distribuição, mas um estabelecimento no Buritis recebeu uma entrega direta. “Na Black Friday, a rede fez uma compra na cervejaria e ela entregou para um supermercado da rede no Buritis”, explicou.

Os primeiros casos da até então chamada "doença misteriosa do Buritis" se espalharam pelo WhatsApp ainda no início de janeiro, pouco depois das festas de Natal e réveillon, quando é grande o consumo de cervejas e outras bebidas alcoólicas. Relembre:


Nesta terça-feira, a Polícia Civil confirmou o indiciamento de 11 pessoas por lesão corporal, homicídio e intoxicação no caso de contaminação das cervejas da marca mineira Backer. A instituição constatou que um vazamento em um tanque provocou a  contaminação das cervejas pela substância tóxica usada no resfriamento.

A Polícia Civil não divulgou os nomes dos indiciados, mas indicou que trata-se de uma testemunha que mentiu; o chefe da manutenção, por omissão; seis responsáveis técnicos por homicídio culposo, lesão corporal culposa e por agirem com culpa na contaminação e, por fim, três gestores da Backer indiciados por atos na pós-produção. 


Assista à coletiva de imprensa da Polícia Civil sobre a conclusão do inquérito


Nota da Backer

Por meio de nota a assessoria da cervejaria mineira disse que “reafirma que irá honrar com todas as suas responsabilidades junto à Justiça, às vítimas e aos consumidores”. Sobre o inquérito policial, a Backer informou que “tão logo os advogados analisarem o relatório, a empresa se posicionará publicamente”.


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