Jornal Estado de Minas

Juiz de Fora

Prefeitura e UFJF fazem convênio para combate ao coronavírus

Marcos Vinicius David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) (foto: Divulgação/ Prefeitura de Juiz de Fora)
Diante da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a prefeitura da cidade anunciaram, na quarta-feira (15), o acordo de colaboração entre as partes no combate a propagação do vírus. Na reunião, o prefeito Antônio Almas formalizou a criação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à COVID-19. Além dos órgãos já citados, outras nove entidades fazem parte do projeto, são elas as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Conselho Municipal da Saúde, hospitais particulares, 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, Ministério Público e Câmara Municipal. 


 
No documento de cooperação técnica assinado pelo mandatário da cidade, Antônio Almas, e pelo reitor da UFSJ, Marcos Vinicius David, está estipulado que a universidade fará o desenvolvimento de pesquisas, produção de insumos e a realização de 100 testes diários para diagnóstico da doença. A projeção é de que os resultados devem ser repassados à administração municipal com um prazo máximo de 24 horas após o recolhimento dos dados. As amostras serão colhidas pela própria prefeitura e enviadas à UFSJ.

O reitor da universidade declarou a entrada em funcionamento de dois laboratórios para a conclusão dos testes diários, 50 deles em cada um desses espaços, além de reiterar o esforço da unidade de ensino em conseguir mais insumos materiais e kits de testagem. Ele também destacou a importância do fechamento dessa parceria para a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata
 

 
“A Universidade está colocando seu contingente de pesquisadores e pesquisadoras para contribuir nessa crise. A comunidade acadêmica se envolveu e só faria sentido atuar em sintonia com o município. Já havíamos colocado nossa estrutura à disposição da prefeitura, como o estudo técnico para fazer a gestão do avanço da epidemia no município e a produção de álcool em gel na Farmácia Universitária”, informou. 


 
O diretor enfatizou que a UFJF não poderia ficar parada diante da crise vivida no país e que todos os esforços estão sendo feitos pela instituição para contribuir com a comunidade. “A partir desta quinta-feira (16), passamos a realizar os testes da COVID-19 em nossos laboratórios”. 
 
De acordo com o administrador da instituição, a decisão da prefeitura em decretar o isolamento social na cidade foi acertada. 
 
“A única forma de combatermos a perda de vidas é manter o isolamento social. Precisamos que as pessoas continuem em casa para podermos dar um passo adiante. Estamos pesquisando o momento correto de dar esse passo. É uma decisão que precisa ser embasada cientificamente”, concluiu.
 

Comitê de enfrentamento

O prefeito Antônio Almas explicou que, em 17 de março, a prefeitura de Juiz de Fora  já havia criado um comitê de combate ao novo coronavírus, com o objetivo de organizar as demandas internas da administração municipal e entender os desafios que se apresentavam a partir da constatação do vírus no município. Após a execução das primeiras ações, a municipalidade reconheceu a necessidade de formar novas parcerias junto a outras instituições.


 
“Há um mês estamos conversando com diversas entidades da cidade, com o objetivo de unir forças no combate ao coronavírus em Juiz de Fora. Agora, resolvemos formalizar esta parceria, visando avançar nas ações necessárias, para que possamos dar respostas mais efetivas e concretas no enfrentamento ao coronavírus. Agradeço a todos que atenderam a este chamamento e vão estar presentes”, afirmou Almas.
 

Boletim

Segundo o informe epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (15), pela prefeitura de Juiz de Fora, o número de pacientes suspeitos com coronavírus chegou a 1.321. Foram 93 casos confirmados e dois óbitos. De acordo com o boletim, quatro mortes ainda estão sob investigação das autoridades de saúde. 
 
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
 

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre

  • Tosse

  • Falta de ar e dificuldade para respirar

  • Problemas gástricos

  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia

  • Síndrome respiratória aguda severa

  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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