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Estado de Minas

Clubes de BH mantêm taxa de condomínio, mesmo com atividades paralisadas

Pagamento de funcionários é o principal argumento. Sócios questionam decisão


postado em 15/04/2020 13:18 / atualizado em 15/04/2020 15:19

(foto: Divulgação/Minas Tênis Clube)
(foto: Divulgação/Minas Tênis Clube)
Os clubes sociais e esportivos de Belo Horizonte fecharam há quase um mês devido à quarentena estabelecida para lidar com a emergência da pandemia do novo coronavírus. O fechamento dos locais e a permanência da cobrança de mensalidades têm gerado questionamentos por parte dos clientes, que estão impedidos de frequentar os locais por tempo indeterminado.

As medidas de isolamento social têm impactado os mais diversos setores e classes sociais. Em uma das publicações postadas no site do Minas Tênis Clube, que trata da suspensão das mensalidades de cursos até a retomada das atividades dos clubes, sócios discutem a permanência da cobrança da taxa de condomínio. Além de considerarem a cobrança injusta, afirmam que o valor deve pesar no bolso de quem, assim como o clube, teve os rendimentos afetados pela crise.

“Acho um absurdo o Minas, com todas as suas unidades fechadas, continuar cobrando uma taxa pelo uso dos sócios! Certamente os custos do Minas devem ter caído para 1/3 das despesas normais”, comentou um sócio. Com toda certeza o Minas será solidário conosco, sócios, que adotamos a campanha do “Fique em Casa” para um bem maior, e reduzirá o valor da taxa do condomínio; já que muitos de nós estamos com a receita zerada ou reduzida”, afirma outra sócia. “Na minha opinião, o correto, além de suspender a cobrança referente a cursos, seria também paralisar a cobrança dos dependentes, pois a taxa paga referente aos mesmos tem por finalidade tão somente frequentar o clube”, contesta outro.

No mesmo comunicado, o Minas declara que vem trabalhando para conseguir conciliar os interesses dos sócios com a saúde financeira dos clubes e a manutenção dos empregos dos funcionários. “São mais de mil mães e pais de família, a maioria do grupo operacional e da classe social menos favorecida, que, todos sabemos, é a que mais sofre com as dificuldades impostas em tempos de crise econômica, em qualquer parte do mundo”, argumentou.

Outra medida adotada foi a concessão de férias coletivas para os trabalhadores, permanecendo em serviço apenas os funcionários que atuam na manutenção da infraestrutura dos clubes, além da suspensão dos contratos de estágio. O comunicado alega que todas essas medidas visam evitar a demissão em massa de colaboradores.

As medidas adotadas pelo Minas Tênis Clube parecem ter sido as mesmas aplicadas por outros estabelecimentos do segmento. O Pampulha Iate Clube (PIC) também concedeu férias coletivas aos empregados e manteve funcionários realizando apenas serviços de manutenção dos espaços, na tentativa de reduzir despesas, mas mantendo o valor cobrado na taxa de condomínio.

Em comunicado aos associados, o PIC informou que a situação enfrentada durante a pandemia é complexa e necessita de uma maior compreensão dos impactos coletivos. O texto ainda sugere aos sócios que busquem fazer o pagamento da taxa de condomínio em dia. “O PIC tem no seu quadro cerca de 270 funcionários, cujos salários precisam ser mantidos. Ou seja, são 270 famílias que dependem do clube para sobreviver. Há ainda os nossos fornecedores de serviços fixos que contam com esta receita para prosseguir e também manter seus funcionários. Temos enfim, uma gigantesca cadeia que se forma onde cada ação individual impactará no coletivo.”

Em nota direcionada aos sócios, o Jaraguá Country Club também decidiu por não reduzir a taxa de condomínio, “visando a saúde financeira do clube”, conforme trecho do texto. Assim como no Minas, a diretoria do Jaraguá optou pela suspensão de mensalidades na academia e nas escolas de todas as modalidades do clube.

O Barroca Tênis Clube também manteve os valores da taxa de condomínio. Com as incertezas no enfretamento da crise pela frente, o clube concedeu férias coletivas a parte dos funcionários, além de ter feito uma redução de 50% no quadro de trabalhadores terceirizados


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