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Estado de Minas BATALHA PELA VIDA

Mãe de trigêmeas celebra liberação de cirurgia para duas filhas e busca ajuda para a outra

Operação é a esperança para livrar as meninas Vitória e Ana das limitações que as impedem de andar. Ruth precisa de aulas de braille. Tatiana, mãe das crianças ainda batalha por tratamento para filho com déficit de atenção


postado em 11/03/2020 06:00 / atualizado em 11/03/2020 07:48

Vitória, Ruth e Ana com a mãe, Tatiana Franco, que comemora a concessão de guias para as cirurgias: 'Deus é maravilhoso. Fico muito grata'(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 5/12/19)
Vitória, Ruth e Ana com a mãe, Tatiana Franco, que comemora a concessão de guias para as cirurgias: 'Deus é maravilhoso. Fico muito grata' (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 5/12/19)


A batalha da dona de casa Tatiana Rocha Franco, de 33 anos, em busca por melhores condições de vida para as filhas trigêmeas de seis anos obteve duas grandes vitórias nesta semana. Duas das meninas conseguiram a liberação de cirurgias para correção de limitações que as impedem de andar. Ana será operada no dia 19 no Hospital da Baleia e Vitória também já tem guia para cirurgia que deverá ser realizada no Hospital das Clínicas, mas ainda sem data marcada. As meninas, mais dois irmãos e Tatiana moram em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.“Graças a Deus consegui. Ontem foi remarcada a cirurgia da Vitória. Agora só falta aguardar para ela ser chamada. Deus é maravilhoso. Fico muito grata”, diz. A história das meninas foi relatada pelo Estado de Minas em dezembro.
 
É a segunda vez que Vitória segue para cirurgia. Em agosto, o procedimento foi adiado devido ao quadro de saúde da menina. Na época, ela chegou a ser internada no Hospital da Baleia, mas não pôde ser operada. O risco cirúrgico indicou a necessidade de que o pós-operatório fosse no Centro de Terapia Intensiva (CTI), extrapolando os gastos previstos para o procedimento pela Associação Mineira de Reabilitação (AMR), onde a criança e a irmã Ana fazem acompanhamento. As trigêmeas nasceram prematuras de cinco meses, todas com deficiência: Rute é cega; Ana, cadeirante, e Vitória tem paralisia cerebral. “Tudo o que eu mais quero é que minhas filhas andem, se essa for a vontade de Deus”, afirma.
 
Incansável na busca por tratamento para as filhas, Tatiana tem uma fé inabalável e a satisfação de cuidar das meninas. “Sou muito feliz com filhas do jeito que Deus me deu. Isso que é importante”, pontua. A espiritualidade faz com que ela – mesmo diante de situações muito difíceis – não desista do sonho de ver as filhas caminhando com as próprias pernas. “Lutei, lutei e Deus proveu”, diz sobre ter conseguido marcar as cirurgias.
 
Ana passará por operação no fêmur, na cartilagem atrás do joelho e de reparação dos pés. “Ela tem pés de bailarina”, diz a mãe. Durante a cirurgia, a menina receberá também injeção de medicamento para ativar os nervos atrofiados. O tratamento é de alto custo. Somente a substância custa R$ 4 mil e também foi uma batalha para que Tatiana conseguisse na rede pública de saúde de Belo Horizonte. Depois da cirurgia, a menina terá que se submeter a dois meses de reabilitação. “Tudo isso para ela fazer os passos. Elas vão trabalhar bastante com ela, colocar os pés em alinhamento.” Depois da cirurgia, ela poderá usar o andador e a esperança da mãe é que acriança consiga ficar de pé.
 
Vitória também precisa fazer correção nos pés para que possa andar, por causas distintas das que provocaram o problema de Ana. Com atraso motor e autismo, Vitória passará por cirurgia para poder deixar a cadeira de rodas. A menina tem paralisia cerebral, somente 20% de visão e os pés atrofiados. Depois da cirurgia, a criança deverá fazer uso de um tutor ortopédico. Ela já recebeu a guia de internação e aguarda vaga no CTI para que a data da cirurgia seja marcada. “Ana e Vitória têm muita vontade de andar. O sonho de Ana é ser bailarina. Ela dança com o joelho”, conta a mãe.
 
A terceira das trigêmeas, Ruth, tem deficiência visual e precisa de uma professora de braille. A mãe também está se esforçando para conseguir acompanhamento médico para o outro filho, Luiz, que tem déficit de atenção. “Eles me encaminharam para um médico, que não é especializado nessa área. A demanda está difícil. Não estou conseguindo médico. Vou entrar na Justiça”, afirma.


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