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Estado de Minas

Cidades do interior de Minas tentam se reerguer após enchentes e desabamentos

Limpar a lama e a poeira que ficaram depois da tempestade é o grande desafio de prefeituras que trabalham intensamente, sem prazo para terminar


postado em 31/01/2020 06:00 / atualizado em 31/01/2020 08:35

Em Raul Soares, tratores precisaram tirar a lama e o lixo das ruas depois da enchente do Rio Matipó(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press - 27/01/2020)
Em Raul Soares, tratores precisaram tirar a lama e o lixo das ruas depois da enchente do Rio Matipó (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press - 27/01/2020)

Uma semana após as chuvas que destruíram cidades em Minas Gerais, 101 municípios que tiveram o decreto estadual de Situação de Emergência (SE) permanecem com o sofrimento de reconstruir ruas, avenidas, comércios e casas. No interior de Minas, a chuva atingiu severamente a Zona da Mata e o Vale do Rio Doce. De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, o interior contabiliza 27 mortes, 57 desaparecidos, 36.834 desalojados (temporariamente fora de casa) e 6.601 desabrigados (que não podem mais voltar para casa). Limpar a lama e a poeira que ficaram depois da tempestade é o grande desafio de prefeituras que trabalham intensamente, sem prazo para terminar.

Em Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, 420 pessoas foram desalojadas pelas fortes chuvas. Desse total, 147 já voltaram para casa. Três pessoas ficaram desabrigadas e uma morreu. Os dados foram atualizados ontem pelo comitê de crise do município. Segundo o levantamento, entre os dias 23 e 26 de janeiro, choveu 239 milímetros – 61% do volume esperado para janeiro em Fabriciano, estimado em 390 milímetros. Já o Rio Piracicaba atingiu 9,5 metros – acima dos 6,20 metros, quando ocorre o transbordamento – e represou o Ribeirão Caladão, gerando estragos e alagamentos em diversos bairros da cidade, que também está em Situação de Emergência.

Em Abre Campo, na Zona da Mata mineira, a prefeitura ainda contabiliza os prejuízos. Inicialmente, acredita-se que aproximadamente 2 mil pessoas ficaram desalojadas. A cidade foi atingida pela enchente do Rio Santana, que faz captação e distribuição de água para a população de 13 mil habitantes. De acordo com Carlos Eduardo Magalhães, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) no município, a região central foi a mais atingida. “Ficou praticamente destruída. O comércio inteiro na lama. Até hoje, poucas lojas conseguiram retomar as atividades”, disse. A cidade teve pontes destruídas e vias bloqueadas. “Queremos ver a cidade como era”, acrescentou Magalhães. O distrito de Granada ainda sofreu com a enchente do Rio Matipó, que também atingiu Matipó, Raul Soares e Carangola.

Estragos


Perda de pontes e bloqueios de passagens também são problemas enfrentados por Alto Jequitibá, ainda na Zona da Mata. Houve prejuízos por todo o município, principalmente em ruas e avenidas situadas nas partes baixas, além de danos nas comunidades rurais. Uma pessoa morreu soterrada e duas crianças morreram levadas pela enchente do Rio Jequitibá. Postos de saúde, farmácias, lojas e plantações de café também foram arrasadas. A prefeitura avalia que mais de 300 famílias estejam desalojadas.

Manhuaçu, na Zona da Mata, é mais uma das cidades com decreto de Situação de Emergência. No último domingo, o governador Romeu Zema visitou o município e viu de perto o que sobrou após deslizamentos, inundações, enxurradas e alagamentos. Por lá, uma pessoa morreu. Durante esta semana, a prefeitura se concentra nos trabalhos de limpeza e desobstrução de ruas e avenidas atingidas pela inundação do Rio Manhuaçu. No Gabinete Municipal, a prefeita Cici Magalhães, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estabeleceram também um Ponto de Comando para o socorro às vítimas de enchentes e deslizamentos no município e cidades vizinhas.

Apesar de não ter decreto de emergência, Tabuleiro, na Zona da Mata, teve uma morte em decorrência das chuvas e seis pontes foram destruídas. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Roberto Carlos Alves, existem cinco pontos de inundação na cidade que deixam os moradores apreensivos. “O que preocupa é o fato estarem localizados próximo ao Centro do Programa da Família e a um posto de saúde”, disse. *Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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