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Estado de Minas

Casal de veterinários que congelava animais mortos em Nova Lima é solto

A clínica foi fechada sob acusação de várias irregularidades, entre elas a de congelar animais mortos e não comunicar os tutores com a finalidade de estender a diária, configurando estelionato


postado em 30/11/2019 20:29 / atualizado em 30/11/2019 20:51

(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)

Já está em liberdade o casal de veterinários Marcelo Simões Dayrell e Franciele Fernanda Quirino dos Santos, acusado de maus-tratos, estelionato e crimes ambientais. Marcelo estava preso desde o dia 22, durante a operação Arca de Noé, deflagrada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e teve concedido o pedido de liberdade provisória na noite de sexta-feira.

A clínica foi fechada sob acusação de várias irregularidades, entre elas a de congelar animais mortos e não comunicar os tutores com a finalidade de estender a diária, configurando estelionato. Já mulher, que estava foragida, foi presa em São Paulo, pela Polícia Civil, e beneficiada, também na noite de sexta-feira, por habeas corpus expedido pelo desembargador Eduardo Brum, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

De acordo com informações do TJMG, Marcelo terá que cumprir uma série de determinações, sob pena de voltar a ser preso: comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pela Justiça, proibição de se ausentar da comarca sem autorização do juízo, “pois sua permanência, a toda evidência, é conveniente/necessária para a instrução, mantendo as medidas cautelares já fixadas na origem”. E mais: foi decretada a “suspensão do exercício da atividade na empresa Animed Hospital Veterinário” e “suspensão do exercício da profissão”.

As investigações sobre as ilegalidades praticadas na clínica de Nova Lima tiveram início, neste ano, com uma denúncia de descarte de lixo veterinário de produtos e substâncias tóxicas ou nocivas à saúde humana ou ao meio ambiente, em lixo comum. A situação culminou com uma ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Junto a isso, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar possíveis crimes de maus-tratos que vinham acontecendo na clínica.

OPERAÇÃO Com a autorização da Justiça, foi montada a operação, desencadeada no dia 22.. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no estabelecimento e na casa dos proprietários e de mais três investigados. Um mandado de prisão temporária contra a mulher do dono da clínica também foi expedido, porém ela ainda não foi encontrada e ficou foragida. Foram apreendidos documentos, e celulares dos envolvidos.

“Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na clínica, na casa dos proprietários e de alguns funcionários, além da residência de um advogado. O mandado de prisão preventiva do dono da clínica foi cumprido e o de prisão temporária de sua esposa está em aberto, pois ela não foi encontrada. Ambos eram veterinários, porém a Justiça determinou a suspensão do exercício da profissão dos dois e das atividades da clínica veterinária”, afirmou, na época, a delegada-geral do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema), Carolina Bechelany.

Durante as investigações, diversas irregularidades foram encontradas na clínica. “Os animais recebiam diagnósticos equivocados. Eram realizadas transfusões de sangue erradas. Às vezes, o animal era levado para tomar banho e tosa pelos donos e acabava tendo sangue extraído para fim de transfusão em outro animal e comercialização. Também foram constatados a aplicação de medicamentos equivocados e vencidos. É uma gama de maus-tratos que vinham sendo praticados aqui na clínica”, disse o delegado Bruno Tasca.


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