Na manhã desta sexta-feira, bombeiros encontraram tronco com crânio na região conhecida como Esperança, em profundidade de três metros, a cerca de 2 quilômetros de onde a Barragem B1, na Mina de Córrego do Feijão, se rompeu. O corpo chegou ao IML em meados da tarde.
Quatorze pessoas ainda estão desaparecidas. Segunda-feira, a tragédia completa 10 meses. Desde 25 de janeiro, a barragem rompeu, os bombeiros fazem buscas no local, sem interrupção. O grupo trabalha em 19 frentes, com apoio de um drone e maquinários. Os cães farejadores não apoiam mais a operação.
Os resultados mostram que o trabalho de inteligência da corporação está no caminho certo. Elis é a quarta vítima identificada neste mês. Nesta semana, também foi encontrado o corpo do funcionário terceirizado João Marcos Ferreira da Silva, de 25 anos, que prestava serviço de ajudante no complexo de extração de minério de ferro no momento da ruptura. Ele foi achado na área de busca denominada BH1 (barreira hidráulica).
Outra vítima foi Miraceibel Rosa, que era funcionário terceirizado da Vale, e morreu aos 38 anos. Ele foi identificado por meio de exame de DNA no último dia 13. De acordo com a Polícia Civil, ele foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros no dia 1° do mês, em um local conhecido como Remanso 03.
No dia seguinte, foi divulgada a identificação de Aroldo Ferreira de Oliveira, de 55, também feita por exame de DNA.
Há expectativa de uma quinta vítima. Um corpo foi localizado no último dia 3, mas ainda está sob análise, dado o estado de decomposição bastante avançado. Por se tratar de um segmento de corpo, também não é possível afirmar se a localização resultará na identificação de nova vítima, o que já pode ter sido feito por meio de outro segmento encontrado em fases anteriores.