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Estado de Minas TRÂNSITO

Taxistas têm acesso a mais duas pistas exclusivas, mas regras ainda confundem

Motoristas têm dúvidas quanto ao tráfego em áreas onde não há barreiras físicas, horários e outras normas de uso, mas comemoram 'aumento da competitividade'


postado em 15/10/2019 06:00 / atualizado em 15/10/2019 10:20

Para Waldemar Tavares, a faixa exclusiva aumenta a rapidez e a competitividade dos táxis em relação aos aplicativos de transporte (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Para Waldemar Tavares, a faixa exclusiva aumenta a rapidez e a competitividade dos táxis em relação aos aplicativos de transporte (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


Os taxistas de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana já podem circular em mais duas pistas exclusivas para ônibus na capital mineira, nas avenidas Nossa Senhora do Carmo e Cristiano Machado. Nos dois locais, não há barreiras físicas para o restante do trânsito, o que já vinha confundindo os motoristas nas ocasiões em que a pista é também liberada para veículos de passeio. Taxistas, no entanto, comemoram a medida como uma vitória diante da competição com os aplicativos de transporte.

A liberação na Cristiano Machado já existia nas pistas de concreto exclusivas do Move. Agora, os taxistas também conseguiram a liberação na faixa que fica junto ao trânsito geral, entre o Anel Rodoviário e a Avenida Vilarinho. Já no caso da Nossa Senhora do Carmo, a permissão para taxistas vale para toda a extensão, entre a Savassi e o Bairro Sion, Centro-Sul de BH.

Responsável pela medida, autorizada recentemente, a BHTrans informa que nesses dois novos locais, onde as faixas não têm barreiras físicas para o restante do trânsito, é permitido rodar sem passageiro. No caso das pistas exclusivas de concreto do Move das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado, nas quais os táxis já tinham permissão para rodar, só é permitida a circulação se o veículo tiver passageiros embarcados.

A entrada dos táxis na área exclusiva dos ônibus era uma demanda antiga dos taxistas e é considerada uma vitória para a categoria diante da competição com os aplicativos de transporte, como os das empresas Uber e Cabify. Waldemar de Pinho Tavares, taxista há 37 anos, avalia a ampliação do acesso dos táxis como um diferencial competitivo. “A diferença é grande, porque podemos transitar mais rápido e chegar ao destino do passageiro com mais agilidade, enquanto o uber vai ficar preso no trânsito”, analisa. Segundo ele, a iniciativa contribui para igualar o nível de competitividade com os aplicativos.

A nova liberação da BHTrans permite que os táxis circulem em qualquer dia e qualquer horário nas faixas exclusivas de ônibus da cidade. No caso dos demais veículos, a liberação só é válida aos sábados a partir das 14h e domingos e feriados o dia todo.

Mais de dois anos após a BHTrans liberar o trânsito de veículos de passeio na maioria das faixas exclusivas de ônibus nos fins de semana e feriados, a medida ainda confunde os motoristas na capital. Sem a devida clareza sobre os locais onde é permitido entrar na área do transporte coletivo na cidade, as reclamações não param. De um lado, há ainda motoristas que achavam que a liberação valia para toda a cidade sendo multados. De outro lado, condutores que trafegam por avenidas onde o trânsito é livre nas faixas de ônibus aos sábados e domingos não se arriscam com medo de estar cometendo uma infração.

Para aumentar um pouco mais a confusão, o tráfego misto é permitido apenas em parte do dia nos sábados, a partir das 14h, mas aos domingos e feriados, a circulação é livre nas 24 horas. A falta de sinalização confunde até quem já está costumado a rodar pela cidade. O taxista Waldemar avalia que falta orientação. "A gente que roda com mais frequência pelas ruas já sabe, mais ou menos, os pontos onde pode ou não passar, mas falta uma sinalização mais precisa", declara.

A capital mineira conta com corredores com pistas segregadas por barreiras físicas para circulação exclusiva do Move. Essas pistas somam 21 quilômetros e estão nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado, Santos Dumont e Paraná, além do Complexo da Lagoinha. Além delas, existem 45 quilômetros de faixas destinadas à circulação dos coletivos, delimitadas apenas por pintura no asfalto, sem barreiras que impeçam a aproximação de outros veículos.


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