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Estado de Minas

Alunos e professores se reúnem contra o fechamento de turmas no Instituto de Educação

Para manifestantes, medida pode precarizar o ensino na escola e provocar demissão de professores e funcionários. Secretaria diz que houve fusão de turmas, sem prejuízo


postado em 19/08/2019 12:20 / atualizado em 19/08/2019 22:14

(foto: Sind-UTE/MG/ Divulgação)
(foto: Sind-UTE/MG/ Divulgação)
Alunos e professores organizaram uma paralisação em frente ao Instituto de Educação, na Região Centro-sul da capital, na manhã desta segunda-feira. Segurando uma faixa com os dizeres “Contra os cortes em defesa da educação”, os manifestantes protestaram contra o fechamento de 14 turmas do ensino fundamental e médio na escola. Secretaria de Educação informa, em nota, que houve fusão de turmas, sem prejuízo para alunos.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o fechamento, e a consequentemente a fusão de turmas, pode ocasionar a superlotação das salas, comprometendo o trabalho pedagógico e gerando demissões de professores e funcionários.

"O Instituto de Educação é uma das escolas mais tradicionais do estado, que precisa muito de reformas, de manutenção de seu prédio e o governo só está preocupado com a fusão de turmas, com diminuição de gastos, com demissão de professores e de auxiliares de serviço. Fusão de turmas em pleno mês de agosto não é pedagógico, não é produtivo. Só traz transtornos", afirma Denise Romano, coordenadora geral do Sind-UTE.

A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE-MG) para obter um posicionamento a respeito do fechamento das turmas, mas não obteve retorno.
 
Em nota, a Secretaria do Estado de Educação informou que fundiu sete turmas, como parte de uma série de medidas "dentro da proposta de qualificar o atendimento de toda a rede estadual de ensino e se adequar à legislação em observância ao número de alunos em sala de aula".

O texto afirma que a fusão ocorreu "sem prejudicar o aprendizado do aluno e respeitando a determinação da Lei Estadual" e foi precedida por um estudo.
 
“É importante frisar que essa redistribuição não resultará em turmas lotadas ou em redução do atendimento escolar. Pelo contrário. O que vamos fazer é formar turmas que possam atender a nossa demanda real, sempre visando o ensino de qualidade e sem prejudicar a aprendizagem do aluno”, afirma a diretora do IEMG, Alexandra Aparecida Morais.

A SEE ressalta que não houve redução de vagas na unidade escolar e que, em caso de demandas por vagas, a escola atenderá dentro de sua capacidade. 

Além disso, ao longo da campanha de busca ativa realizada recentemente pela SEE, em que 15 mil alunos infrequentes voltaram às salas de aula, o IEMG recuperou 78 alunos e esses demandarão apoio mais direcionado. "Para isso eles contarão com reforço escolar que poderá ser realizado nas salas que estarão disponíveis a partir da reorganização das turmas", informa a nota.    

Ainda segundo o texto, "para garantir o calendário escolar, o IEMG marcará a reposição das atividades que não foram realizadas nesta segunda-feira em razão da manifestação".

* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira 


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