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Estado de Minas

Vereador de Montes Claros exibe arma em briga de rua do filho

Imagens viralizaram nas redes sociais e repercutiram pela postura do parlamentar, que também é médico legista da Polícia Civil. Enquanto segura a arma, ele observa agressões sem evitar o conflito


postado em 07/05/2019 07:57 / atualizado em 07/05/2019 10:21


O vereador de Montes Claros, no Norte de Minas, Marlon Xavier Oliva (PTC), conhecido como Doutor Marlon, foi flagrado armado, quando o filho dele, menor de idade, brigava com um rapaz de 21 anos.

 

O vídeo anônimo viralizou nas redes sociais no último fim de semana. As imagens mostram o vereador com um revolver na mão esquerda, seguindo o confronto do filho dele com um rapaz sem camisa. O vereador Doutor Marlon também é médico legista da Policia Civil de Montes Claros e, por isso, tem porte de arma.

A briga teria acontecido na madrugada do dia 1º de maio, em um pátio de um posto de combustíveis na Avenida João XIII (Bairro Edgar Pereira). O vídeo somente passou a circular no último domingo (5).

As imagens mostram o vereador falando algo para o filho, que troca socos e pontapés com o adversário, até que os dois se atracam e caem no chão. Ainda na gravação, um adolescente – que seria amigo do rapaz agredido -, tenta interferir, mas é interpelado por Marlon Xavier: “Cala a boca, boy”.

Nas redes sociais, várias pessoas condenaram a atitude do vereador e médico. “Que ridículo!! Que representante do povo é este?” , escreveu um leitor.  “Um absurdo, esperamos que a Câmara toma uma atitude contra esse vereador que não pode representar o povo”, observou outro. “Eles podem até estar certos no que acarretou a discussão, mas chegar a esse ponto, ainda mais por ser uma pessoa pública, ele deveria estar pregando a paz”, diz uma terceira postagem.

Houve também quem defendesse a atitude de Doutor Marlon. “Pai raiz. Tinha (sic) três contra o filho dele. Covarde (sic) foram os outros que se juntaram contra o rapaz. Infelizmente, o instinto paternal se sobrepôs à razão. Mas nada que possam (sic) atacar o caráter da pessoa com esse fato isolado simplesmente por ser vereador”, comentou um leitor.
Vereador acompanha a briga e jovens são impedidos se se aproximarem(foto: Reprodução da Internet/Youtube)
Vereador acompanha a briga e jovens são impedidos se se aproximarem (foto: Reprodução da Internet/Youtube)


A assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Montes Claros informou que não tomou providências em relação ao caso porque, formalmente, não recebeu denúncia contra o vereador e que o fato foi privado, sem ligação com a atuação do parlamentar.

A assessoria do gabinete do vereador na Câmara Municipal informou que o vereador e médico alega que foi comunicado por um segurança de uma festa que várias pessoas queriam agredir o filho dele, em uma confusão generalizada no local. “Me desloquei para o local da festa, nem foi para o posto. Não encontrei nada lá. Por coincidência, fui abastecer no posto e vi que o homem que me disseram ter dado um soco no meu filho estava lá. Tinha outros com ele também, com um pau na mão. Meu filho foi descendo e eles começaram a brigar. Como sou policial, desci armado. Eu vou ver um cara com uma arma branca e não vou descer armado? É minha segurança. Como sou pai, falei que eles podiam brigar, mas que apenas um podia brigar com ele, e não aquele tanto”, declarou o vereador ao portal G1.

Questionado por que não separou a briga, ao invés de ficar assistindo com a arma nas mãos,  – como mostra o vídeo, Marlon Xavier diz que não teve chance de fazer a separação.  “Não tinha como eu separar, eles se arrancaram para cima um do outro. Se eu tivesse entrado no meio iam dizer que eu estava brigando junto. Ninguém falaria que eu estava separando. Eu intervi (sic) no final, quando eu vi que não teria mais jeito. O vídeo não mostra essa parte”, relata.

O vereador acha que o vídeo foi compartilhado em redes sociais por causa de rixas políticas. Ele sustenta ainda que não tinha intenção de usar o revólver contra os rapazes, e que em nenhum momento apontou a arma para eles. “Se você olhar, o tempo todo eu estava com arma na mão esquerda, não empunhei a arma, foi minha proteção. Não tive intenção nenhuma de usar contra eles”, argumenta.


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